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Secretário de Saúde do Rio anuncia que três hospitais de campanha serão fechados nesta semana

Hospital de campanha de São Gonçalo poderá ter o mesmo destino

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de julho de 2020 - 17:34
O secretário afirmou o anúncio na manhã desta segunda-feira (27) durante sessão da Comissão de Gastos com a Covid-19 da Alerj
O secretário afirmou o anúncio na manhã desta segunda-feira (27) durante sessão da Comissão de Gastos com a Covid-19 da Alerj -

O secretário de Estado de Saúde, Alex Bousquet, disse que deve anunciar o fechamento de três hospitais de campanha ainda esta semana. As unidades fechadas serão a de Nova Friburgo, na Região Serrana, e as de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O secretário fez o anúncio na manhã desta segunda-feira (27) durante sessão da Comissão de Gastos com a Covid-19 da Assembleia Legislativo do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

As três unidades não chegaram a ser abertas, mas funcionavam como reserva de leitos caso a demanda aumentasse.

Os hospitais de campanha foram construídos com base em um contrato de R$ 770 milhões firmado entre a Secretaria de Estado de Saúde e a organização social Iabas. Dos sete hospitais previstos, apenas dois entraram em operação - as unidades do Maracanã e de São Gonçalo.

"Há uma forte tendência de, nos próximos dias, anunciarmos o fechamento dessas unidades. O planejamento já previa o início, meio e fim da necessidade dessas unidades de apoio. Acompanhamos as curvas de controle diário e entendemos que a epidemia está estabilizada ou em queda.", disse.

Segundo o secretário, os hospitais municipais das cidades já poderiam dar conta no caso de uma segunda onda de contaminação, podendo haver convênio com hospitais da rede privada.

"Caso haja uma segunda onda de contaminação, as redes municipais e estaduais estão preparadas. Também poderemos fazer convênios com a rede particular".

Ainda segundo Bousquet, as unidades de São Gonçalo e do Maracanã também podem ser fechadas em breve devido a falta de pacientes.

"Essas duas unidades estão abertas e disponíveis ao Sistema de Regulação, mas não estão recebendo pacientes porque não está havendo necessidade", ressaltou.

Segundo o secretário, o custo do desmonte já está incluso no valor original de R$ 770 no contrato firmado entre a Secretaria de Estado de Saúde e a Iabas.

Na sessão desta segunda-feira, também foi criticado o modelo de adoção dos hospitais de campanha. De acordo com os parlamentares, houve um exagero na implantação de 1,3 mil leitos previstos no contrato.

"Essa estratégia foi um desastre completo. Dos 400 leitos no Maracanã, nunca utilizaram mais de 200. Na unidade de São Gonçalo, que inicialmente teria 200 leitos, jamais usaram mais de 50 vagas", argumentou o relator da comissão, Renan Ferreirinha (PSB).

Segundo o secretário, o modelo de adoção dos hospitais de campanha foi decido em janeiro, quando a pandemia ainda não havia se instalado no Brasil, mas já causava pânico ao redor do mundo.

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