São Gonçalo registra mais de 4 mil novos casos de pacientes com Covid após a reabertura do comércio

Por Ana Carolina Moraes*

O município de São Gonçalo é o terceiro no estado do Rio de Janeiro com o maior número de pacientes infectados pelo coronavírus. Pensando nisso, é importante analisar como os números não mentem! A cidade sofreu um aumento no número de óbitos e de pacientes confirmados com a doença desde o fim do lockdown e da reabertura do comércio, que foi permitido a partir do dia 11 de junho, um dia após a publicação do decreto 142/2020, que dava essa autorização. Desde o dia em que foi permitida a reabertura dos centros comerciais, foram registrados 4.852 novos casos confirmados de pessoas com a doença em São Gonçalo e cerca de 258 novos óbitos em decorrência do vírus. 

A pandemia do coronavírus teve início em São Gonçalo no mês de março, mais especificamente, o estado de emergência por causa do vírus foi declarado pela Prefeitura no dia 16 do mesmo mês. Cerca de dois meses após isso, no dia 11 de maio, teve início o lockdown no município, que anunciava o fechamento dos comércios e das lojas em São Gonçalo. O lockdown durou até o dia 11 de junho, quando foi permitida a reabertura de centros comerciais e restaurantes no município. Em junho, São Gonçalo possuía 2.354 casos confirmados de Covid, 883 casos descartados, 503 pacientes curados, 266 óbitos confirmados e 30 óbitos em investigação.

Já no momento atual, desde o fim do lockdown e após um boletim divulgado pela Prefeitura do município na última segunda-feira (20), São Gonçalo registra, ao todo, 7.206 casos confirmados de pacientes com o vírus, 4.358 curados, 25 hospitalizados, 2.299 em quarentena domiciliar, 524 óbitos confirmados e 26 óbitos em investigação. 

Isso quer dizer que São Gonçalo registrou, nesses 40 dias após o fim do lockdown, cerca de 4.852 novos casos confirmados de pessoas com a doença, mais do que o dobro dos números confirmados no período anterior, e 258 novos óbitos. Esse número expressa como as aglomerações em bares e restaurantes podem causar mais casos da doença. Vale lembrar que ainda não existe vacina para o vírus e que ninguém está imune. 

Por isso, seguir as normas de recomendação com relação ao uso de máscaras, de álcool em gel e, principalmente, permanecer em casa, quem puder, pode ser importante para salvar mais vidas e evitar que mais pessoas se contaminem com a doença. Os donos de restaurantes e bares também devem se lembrar que os estabelecimentos não podem utilizar a sua capacidade máxima de espaço, já que não é permitida aglomeração. 

*Estagiária sob supervisão de Marcela Freitas