Clientes se recusam a deixar bar interditado e cantam "Eu não vou embora"
O bar foi fechado por descumprir regras de higiene contra o coronavírus

Um vídeo tomou conta das redes sociais na noite da última sexta-feira (04). Nas imagens, é possível ver um coro de pessoas num bar cantando a música de axé de Tom Kray que diz "Eu não vou embora". A música que as pessoas cantaram representa a negativa delas de deixarem o bar, após o local ser multado e interditado, pois causava aglomeração e descumpria as normas de recomendação da Organização Mundial de Saúde. A ação de multar o bar foi feita pela Prefeitura do Rio, por meio da Vigilância Sanitária, e o estabelecimento fica na Avenida Olegário Maciel, na Barra da Tijuca.
Além desses, mais dois bares foram fechados na mesma rua pela mesma situação. Outros 28 bairros no local também foram multados. Um bairro em Botafogo e quatro no Leblon também receberam multas pela forma irregular com a qual as cadeiras do local estava dispostas, também causando aglomeração.
São decorrentes as ações realizadas em conjunto pela Vigilância Sanitária (pasta vinculada à Secretaria Municipal de Saúde), Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), Guarda Municipal e Subsecretaria de Licenciamento, Fiscalização e Controle Urbano (da Secretaria Municipal de Fazenda), que buscam evitar que mais pessoas se contaminem pelo coronavírus. Segundo a Prefeitura, a ideia é averiguar se as normas de recomendação contra o coronavírus estão sendo seguidas em bares e restaurantes. Todos esses locais devem fornecer materiais para que os clientes higienizem as mãos, como álcool 70% em gel, sabonete líquido e papel-toalha.
"Se o dono do bar está dando a bebida na mão dos clientes, e as pessoas estão se aglomerando nas ruas, ele também está promovendo aglomeração. Então ele é corresponsável e tem que parar a operação. A gente está orientando sobre isso, porque alguns estão pensando que se o problema está acontecendo fora do estabelecimento eles estão livres de infrações, mas não estão", disse Flávio Graça, superintendente de Educação e Projetos da Vigilância Sanitária sobre o caso.