"Vidas Negras Importam": segundo ato acontece em SG nesta sexta -feira (3)
Essa é a segunda manifestação na cidade

Por Ana Carolina Moraes*
Na próxima sexta-feira (03), a partir das 16h, moradores de São Gonçalo estão sendo convidados a participar de uma manifestação contra o racismo e morte de jovens negros por bala perdida, como ocorreu com o caso João Pedro, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no último dia 18 de maio. Para isso, um grupo de manifestantes se reunirá em mais um ato pela vida das pessoas negras, apoiando o movimento internacional "Black Lives Matter", em São Gonçalo.
O grupo é o mesmo que realizou outro ato no último dia 05 de junho. O ponto de encontro do será na praça Zé Garoto, depois o grupo se dirigirá para a Câmara Municipal e a Prefeitura Municipal de São Gonçalo.
A ideia é repetir o êxito do outro ato, que ocorreu de forma pacífica, com manifestantes apenas com cartazes pelas ruas dizendo que "Vidas Negras Importam". Os organizadores também estão cuidando para se proteger da pandemia do coronavírus, com regras como, por exemplo, as pessoas devem ir ao local de máscara e a recomendação é que todos fiquem a, pelo menos, 1,5 de distância de qualquer outra pessoa. A manifestação deve durar até às 18h.
"A manifestação é pela vida, pois estamos morrendo em meio a pandemia pela bala "perdida" de um governo", afirmou Angélica Andrade, de 18 anos, uma das organizadoras do evento e estudante de Engenharia Florestal na UFRRJ. "Por isso, tomaremos as ruas para que a próxima gota de sangue não seja nossa ou de qualquer trabalhador que, em meio à pandemia, enfrenta o ônibus lotado para lutar contra as desigualdades de um país opressor. A cada 23min morre um jovem negro e a juventude de São Gonçalo se unirá novamente contra as armas que nos matam", concluiu a manifestante em questão.
Para quem quiser saber mais sobre o evento, basta acessar o link dele no Facebook a seguir: https://www.facebook.com/events/s/ato-vidas-negras-importam-sg/565221310830419/?ti=wa. A ideia dos manifestantes é reunir, pelo menos, 300 pessoas no ato, a quantidade que conseguiram na última manifestação sobre o tema em junho.
*Estagiária sob supervisão de Marcela Freitas