Inverno: como diferenciar uma simples “gripezinha” dos casos de Covid-19

Com a chegada do inverno, muitas pessoas sofrem com as oscilações climáticas. O tempo seco e a baixa umidade relativa do ar são fatores que contribuem para o aumento das alergias respiratórias devido à alta concentração de poluentes na atmosfera. Com isso há uma redução dos mecanismos de defesa do organismo, o que propicia o aparecimento de doenças respiratórias.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, as alergias atingem, em média, 30% da população mundial. O ar frio também atua como irritante das vias aéreas, o que acarreta mais sintomas alérgicos, como a falta de ar e a coriza. Mas em tempos de pandemia, as doenças respiratórias se confundem com os sintomas do Coronavírus. A médica clínica geral, Ana Sodré explica que as doenças respiratórias têm no seu desenvolvimento aspectos semelhantes e portanto, todo e qualquer diagnostico é feito através de anamnese, exame físico e exame complementar.

“A Covid-19 carrega um conjunto de sintomas, inclusive os que são comuns a todas as doenças  respiratórias. A detecção pode ser feita por exames de sangue e de imagem, e apenas o médico pode fazer o diagnóstico diferencial do que é Coronavírus e o que não é. É de bom tom que só se prescreva o tratamento de Covid, quando este for confirmado, independente do quadro clínico do paciente”, disse a médica.

As doenças respiratórias compreendem as infecções virais que têm as patologias como a asmas, bronquites, rinites e alergias e as bacterianas, que são as pneumonias comunitárias e as nosocomiais, adquiridas em ambiente intra hospitalar.

“Cada infecção tem que ter um tratamento específico supervisionado pelo médico. As pessoas devem evitar a automedicação em balcão de farmácia. Uma pneumonia simples e mal tratada pode evoluir para algo grave devido ao tratamento inadequado. A recomendação para este período é que as pessoas procurem tomar sol pela manhã, procurem ficar em locais abertos e evitar as aglomerações”, finaliza a médica