Execução de juíza Patrícia Acióli, em Niterói, inspira novas produções cinematográficas

Caso de repercussão internacional ocorrido em Niterói, no ano de 2011, o brutal assassinato da Juíza Patrícia Acioli, ganha novamente o mundo. O filme inspirado na história da magistrada será transformado em série ficcional para o streaming, numa co-produção com o mercado americano. A série “A Juíza” obteve investimento privado para desenvolvimento do roteiro de Laura Malin, em três temporadas.

Na série, produzida pela Estúdio Escarlate e com oito episódios na primeira temporada, a juíza Pilar condena policiais criminosos envolvidos em mortes de inocentes, residentes em comunidades. Patrícia Acioli, conhecida por condenar milicianos e policiais criminosos, tinha extensa atuação em São Gonçalo. A pesquisa da roteirista brasileira, baseada nos Estados, analisou alguns entre dez mil casos de pessoas mortas em confronto com policiais no Rio de Janeiro entre 2001 e 2011. São mortes registradas como auto de resistência.

Entenda o caso - A execução da juíza,  morta com 21 tiros em 11 de agosto daquele ano, aconteceu por ela ter descoberto uma série de crimes envolvendo PMs com atividades operacionais do 7º BPM (São Gonçalo), como o pagamento de propina de traficantes para o funcionamento das bocas-de-fumo na cidade e execuções sumárias apresentadas nas delegacias como autos-de-resistência, quando o acusado resiste à prisão em suposta troca de tiros. 

Segundo delações premiadas feitas por um dos próprios policiais presos naquela unidade, os PMs recebiam de R$ 10 mil a R$ 12 mil por semana do tráfico de drogas de comunidades de São Gonçalo.