Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,1515 | Euro R$ 5,5085
Search

Militares apoiam Bolsonaro e general Augusto Heleno e falam sobre guerra civil

Bolsonaro está sendo investigado por interferir na Polícia Federal

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de maio de 2020 - 18:00
O general Augusto Heleno é ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
O general Augusto Heleno é ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) -

Um grupo de militares da reserva mostrou seu total apoio ao general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que apoia Bolsonaro e é contra a ideia do presidente ter que mostrar seu celular na perícia na investigação da acusação feita por Sérgio Moro ao presidente. Cerca de dezenas de militares assinaram uma nota, no último domingo (24), que dizia que, caso isso ocorresse, a situação poderia chegar numa fase extrema de "guerra civil".

A acusação que Sérgio Moro, o ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, fez a Bolsonaro dizia que ele tentava interferir na Polícia Federal (PF), órgão que investiga os filhos do presidente em alguns casos. A situação, no entanto, ficou mais complicada quando, na última sexta-feira (22), o ministro do Superior Tribunal Federal, Celso de Mello, autorizou a divulgação do vídeo de Bolsonaro em uma reunião com outros ministros, que ocorreu no último dia 22 de abril, quando, segundo Moro, o presidente teria mostrado que queria interferir sim na PF.

No vídeo em questão, Bolsonaro diz: "Eu não vou esperar f... a minha família toda de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final!".

Por causa disso, o vídeo será investigado para saber se poderá ou não ser usado contra o presidente no caso. Poucos dias após essa reunião, Moro pediu demissão do seu cargo e, no momento do pedido, acusou Bolsonaro publicamente de interferir para ajudar e proteger seus amigos e filhos em casos da PF.

Depois disso, o general Augusto Heleno, se posicionou a favor do presidente e disse que haveriam "consequências imprevisíveis", caso Bolsonaro tivesse que dar o celular como prova no caso contra Moro e foi, a partir daí, que os militares da reserva mostraram seu apoio, através da nota, ao general.

Na nota, o grupo de militares da reserva, conhecidos como Agulhas Negras, disse que falta "decência" e "patriotismo" dos ministros do STF. E, na nota, ainda estava escrito que: "Assim, trazem ao país insegurança e instabilidade, com grave risco de crise institucional com desfecho imprevisível, quiçá, na pior hipótese, guerra civil".

Essa possibilidade de apreender o celular do presidente surgiu após o Supremo encaminhar um pedido de parlamentares à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que essa apreensão ocorresse na investigação do caso, mas no entanto, ainda não é uma decisão oficial do Superior Tribunal Federal (STF).

Matérias Relacionadas