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Maior pesquisa já realizada mostra que cloroquina não traz benefícios contra Covid-19

Estudo foi feito com 96 mil pacientes de 6 continentes

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 22 de maio de 2020 - 12:57
Estudo publicado pela revista 'The Lancet', observou 96 mil pacientes e não mostrou eficácia no uso do medicamento para pacientes com Covid-19
Estudo publicado pela revista 'The Lancet', observou 96 mil pacientes e não mostrou eficácia no uso do medicamento para pacientes com Covid-19 -

O maior estudo já feito com pacientes infectados pelo coronavírus indicou que o uso da cloroquina e hidroxicloroquina não apresentam benefícios contra o vírus. A pesquisa foi publicada na maior revista da área científica, ‘The Lancet’ e observou 96 mil pacientes.

A análise indicou também que o uso desses medicamentos pode causar maior risco de morte e parada cardíaca durante a internação do paciente. As pessoas que foram observadas tinham em média 53,8 anos e 46,3% eram mulheres. Os pesquisadores usaram pacientes de 671 hospitais diferentes e em 6 continentes.

O grupo comparou os resultados de 1.868 pessoas que usaram cloroquina, 3.016 que usaram hidroxicloroquina, 3.783 que ingeriram a combinação de cloroquina e macrólidos e mais 6.221 pacientes com hidroxicloroquina e macrólidos. E o grupo de controle, que serve para fazer comparação e que não fez uso dos medicamentos, é formado por 81.144 pacientes.

Ao final do período de estudo, 1 a cada 11 pacientes do grupo de controle havia morrido. Dos que apenas usaram cloroquina ou hidroxicloroquina, cerca de 1 a cada 6 pacientes morreram e dos que tomaram cloroquina ou hidroxicloroquina com macrólidos, cerca de 1 a cada 5 pacientes morreram.

Uso da cloroquina no Brasil

Na última quarta (22), o Ministério da Saúde assinou um documento que amplia o uso de cloroquina no país. A mudança no protocolo já havia sido motivo de desavença entre os últimos dois ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, que pediram para sair do cargo por não concordar com a pressão que Bolsonaro estava fazendo para admitir o uso do medicamento.

No novo protocolo, o ministério manteve a necessidade do paciente autorizar o uso da medicação e do médico decidir se a aplicação do remédio é necessária ou não. A cloroquina não fica disponível para a população em geral. 

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