OMS responde pergunta sobre crise no Brasil e nos EUA e diz que países não levaram a sério os alertas

Durante uma entrevista coletiva virtual da Organização Mundial da Saúde, na manhã desta terça (11), a porta-voz da instituição, Margaret Harris, respondeu perguntas sobre a situação grave que o Brasil e os Estados Unidos estão enfrentando com o coronavírus.

Sem citar diretamente o nome dos países, Margaret disse que OMS tentou alertar esses países, mas o assunto não foi levado a sério. “Em todo o mundo, vimos que os alertas que lançamos desde muito, muito cedo, não foram vistos como alertas sobre uma doença muito letal e grave”, respondeu a porta-voz da OMS.

Na coletiva também foi abordado a crescente no número de casos confirmados nos países da América. Para a OMS, a América é o atual epicentro da pandemia.

O Brasil é visto em todo o mundo como um dos poucos países a continuar com um discurso contra as recomendações da OMS, minimizando o risco do coronavírus e incentivando manifestações contra os decretos de isolamento no país. Segundo o Ministério da Saúde, o país conta com 168 mil casos confirmados e já ultrapassou 11 mil mortes.

O posicionamento do presidente do Brasil segue sendo criticado por autoridades internacionais. Na semana passada, a revista inglesa The Lancet, uma das mais conceituadas na área da saúde, disse que Bolsonaro era a maior ameaça à resposta para o combate do Covid-19.

Já os Estados Unidos tem um discurso contraditório diante da crise. O presidente americano, Donald Trump, fala dos riscos à saúde mas também insiste na volta das atividades econômicas.