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Máscaras distribuídas pela Prefeitura do Rio causam polêmica na internet

As máscaras são feitas com papelão

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 08 de maio de 2020 - 09:48
Prefeitura investe em máscaras de papelão para a população
Prefeitura investe em máscaras de papelão para a população -

A nova máscara que a Prefeitura do Rio de Janeiro está distribuindo deu o que falar nas redes sociais. Muitas pessoas não gostaram do produto que é feito com uma cartolina branca dobrável que é desenhada para seguir o formato do nariz e da boca, o que forma uma espécie de bico para proteger as pessoas que a utilizam. A máscara, que não é recomendada para uso hospitalar, apenas caseiro, chamou a atenção nas redes sociais.

Um dos vídeos mais famosos nas redes sociais que fala sobre a máscara mostra uma mulher usando o produto e reclamando. Na postagem, ela afirma que "não acredita que o seu presidente mandou pegar aqueles abandonadores de leque do Carnaval e mandar fazer essas máscaras" Ela ainda indaga sobre o produto: "Tem condições?". E pergunta, em tom de ironia, o motivo pelo qual o presidente não utiliza uma máscara dessas.

"Eu sou tucano para tá usando essa p****. Olha só que coisa horrível!", falou a mulher no vídeo. Ela ainda afirma que o formato da máscara parece um "bico de papagaio" e que é desconfortável.

Ao lançar a proposta dessa máscara para os moradores, o secretário da pasta, Gutemberg Fonseca, mostrou a eficácia do produto em um de seus vídeos nas redes sociais e disse que o produto é autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Na publicação, o secretário espirra um desodorante aerosol na máscara e mostra como o vírus não ultrapassa a celulose do produto. O secretário ainda afirma que a máscara deva ser usada por até quatro horas, já a versão de TNT da máscara, só pode ser usada por duas horas.

Já para a Folha de S. Paulo, a Anvisa disse que não avalia máscaras para uso domésticos, apenas para serviços hospitalares. E contou que, desde março, empresas e instituições não podem autorizar a fabricação de máscaras e, com isso, apenas o fabricante do produto se responsabiliza por elas. A Anvisa ainda afirmou que as máscaras cirúrgicas feitas por TNT devem ter um elemento filtrante, uma camada externa e outra interna, para cumprir os requisitos.

Na última quarta-feira (06), a Prefeitura do Rio voltou a falar sobre o tema e disse que as máscaras feitas são uma alternativa para se proteger do coronavírus e que é estranho que elas sejam criticadas, mesmo sendo produtos feitos para prevenir. O comunicado ainda diz que as máscaras são biodegradáveis e com "design para proteger as vias áreas". Segundo a Prefeitura, o material é mais resistente que o TNT e tem um custo menor, mas também protege as pessoas da contaminação do vírus.

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