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Páscoa : queda nas vendas pode ser de até 15%

Antes da pandemia a expectativa era de crescimento

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de abril de 2020 - 08:05
Nas últimas três semanas, entre os dias 17 de março e 06 de abril, houve uma queda de até 35% no movimento de pessoas nos supermercados
Nas últimas três semanas, entre os dias 17 de março e 06 de abril, houve uma queda de até 35% no movimento de pessoas nos supermercados -

Diante da pandemia do novo coronavírus, a Associação de Supermercado do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), espera queda de cerca de 15% nas vendas de produtos para a Páscoa, em relação ao ano passado.

A expectativa antes da pandemia era de um crescimento entre 6 e 10%, porém havia ainda um quadro de aumento considerável no câmbio, nem as definições de quarentena com fechamento de muitas lojas de varejo e redução de movimentação de indivíduos e logística de abastecimento.

As negociações de Páscoa costumam ser feitas pelas redes de supermercados no final do ano anterior e início do ano. "O volume comprado por muitos pode ter sido maior do que será vendido nesta Páscoa, porém lembramos que a maior parte das redes de varejo que vendem esses produtos não estão abertas, ou seja, a compra irá se concentrar nos supermercados que estão fazendo um trabalho incansável para garantir todos os itens dessa época", explica o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz.

Além dos chocolates e ovos de páscoa, normalmente estão entre os itens mais procurados nesta época os peixes congelados, azeites e o bacalhau. Neste ano os produtos de Páscoa devem ter uma queda de até 15% nas vendas.

Devido à baixa procura pelos ovos de chocolate, as indústrias fizeram a rebaixa no preço dos ovos de Páscoa duas semanas antes do feriado, o que é comum acontecer apenas na semana ou depois da data.

MOVIMENTO NA QUARENTENA

Nas últimas três semanas, entre os dias 17 de março e 06 de abril, houve uma queda de até 35% no movimento de pessoas nos supermercados, ao comparar a semana atual com as duas primeiras semanas do início do isolamento social.

Apesar da redução de clientes nas lojas, a ASSERJ registrou um pico de até 24% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior em algumas redes associadas. O motivo foi a corrida aos supermercados, logo no início da quarentena. Para o mês de abril a tendência é de queda no movimento.

PERFIL DO CONSUMIDOR NA QUARENTENA

Entre os itens mais procurados pelos consumidores, estão os produtos da cesta básica e os de primeira necessidade, como: produtos de higiene e limpeza em geral, alimentos congelados, água mineral, papel higiênico, carne, arroz, óleo, açúcar e leite. "Percebemos que, neste período de pandemia, cada cliente compra, em média, de 9 a 11 itens, o que é considerado bem razoável no momento atual. É interessante ressaltar que o comportamento da população mudou. Antes, víamos famílias inteiras no supermercado. Agora, as compras são feitas por pessoas sozinhas, o que ajuda a evitar aglomerações, revela o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz. A Associação reforça que o abastecimento das mercadorias no Estado do Rio segue normal e, portanto, não é necessário estocar produtos.

NOVOS HÁBITOS

O delivery foi a alternativa de muitos consumidores. Uma das redes associadas registrou pico de até 400% nos pedidos de entrega nas últimas três semanas se comparada a semana anterior a quarentena. Lojas que já tinham o serviço de e-commerce consolidado identificaram aumento de mais de 110% (114%).

BOAS PRÁTICAS

A ASSERJ produziu uma cartilha com orientações focadas nos supermercados e consumidores do setor para que intensifiquem as boas práticas de higiene dentro das lojas e combatam a disseminação do novo coronavírus (Covid-19). Várias medidas de prevenção e higiene estão sendo adotadas pelos associados, além das práticas sugeridas pela Associação, algumas delas utilizadas internacionalmente, como a sinalização no piso para manutenção do afastamento das pessoas, álcool em gel na entrada das lojas, higienização dos carrinhos, suspensão dos serviços de degustação, entre outros. A Associação está também abastecendo diariamente os seus canais de comunicação, redes sociais e site, com boas práticas para a sociedade no geral. "Estamos também em contato constante com nossos fornecedores na CEASA para que todas as recomendações de higiene sejam seguidas nas etapas do abastecimento", garante Fábio Queiróz.

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