China encerra bloqueio à cidade onde surgiu o coronavírus

A China encerrou, nesta quarta-feira (7) seu confinamento de Wuhan, cidade onde o coronavírus surgiu pela primeira vez e que acabou se transformando no símbolo da pandemia que atingiu milhares de pessoas em diferentes países. Mas mesmo assim, a população tem pouco a comemorar, pois a doença ainda deixa sequelas negativas na população. Autoridades continuam a controlar as idas e vindas da população, e, mesmo as empresas que reabriram, terão que enfrentar um caminho difícil pela frente. 

Os transportes públicos voltaram a funcionar, mas escolas continuarão fechadas, assim como bares, restaurantes, salas de jogos e karaoquês. A cidade que reabriu após mais de 10 semanas. A reabertura ocorre após apenas três novos casos de coronavírus terem sido registrado na cidade nas últimas três semanas e um dia após a China não ter relatado novas mortes pela primeira vez desde janeiro.

Os controles das viagens foram oficialmente suspensos logo após a meia-noite, o que levou muitos cidadãos à estação de trem em Wuan. No local, policiais lembravam aos viajantes as medidas de higiene e a necessidade de manter um metro de distância uns dos outros, enquanto os alto-falantes transmitiam mensagens chamando Wuhan de "cidade dos heróis". O fim da quarentena também foi marcado com um espetáculo de luzes.

Mas o número de voos e trens que deixam a cidade ainda é limitado. Além disso, as autoridades locais mantêm certas restrições para impedir uma segunda onda da pandemia. Os residentes podem sair sem autorização especial, mas precisam ter um aplicativo de telefone que carrega dados sobre sua sua saúde e de controle de seus movimentos.