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Número de enterros por suspeitas de Covid-19 e números oficiais de mortes divulgadas pela Prefeitura do Rio estão em desacordo

Números da Coordenadoria dos Cemitérios são maiores que os divulgados oficialmente

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 28 de março de 2020 - 12:12
Números da Coordenadoria dos Cemitérios são maiores que os divulgados oficialmente
Números da Coordenadoria dos Cemitérios são maiores que os divulgados oficialmente -

Os casos de infectados e mortos pelo coronavírus aumentam a cada dia e cenas com coveiros protegidos da cabeça aos pés com macacões, máscaras e luvas grossas são cada vez mais comuns em enterros pelo estado. Com as estatísticas crescendo, independentemente da idade, os números oficiais divulgados pelo município do Rio não estão batendo com a Coordenadoria de Cemitérios.

Até sexta-feira (27), o governo havia confirmado 10 mortes pela Covid-19 em todo o estado, seis na capital e quatro no interior. Mas a Coordenadoria, que é vinculada à Subsecretaria Municipal de Conservação, informou que já houve 13 mortes, com sepultamentos e cremações, causados pela doença. 

Fontes da Prefeitura relataram que uma criança morreu esta semana e em sua certidão de óbito estava a confirmação de contaminação pelo coronavírus. O município, no entanto, diz oficialmente que não há morte de crianças confirmadas por causa do vírus.

A Reviver, concessionária que administra sete cemitérios municipais do Rio, diz que cinco enterros ou cremações de contaminados por Covid-19 foram feitas. Outros 23 foram enterrados com suas certidões de óbito atestando 'doença respiratória' e outros 31 por 'causa indeterminada'.

Segundo o jornal O Dia, uma senhora de 65 anos morreu, em Niterói, com suspeitas da doença e, mesmo sem diagnóstico definitivo, o enterro precisou ser feito às pressas e o corpo não pôde ter contato com os familiares. 

Esses casos podem ser relatados como subnotificação, que é o que acontece quando o paciente não consegue ser diagnosticado com a doença ou a unidade hospitalar não consegue notificar os órgãos do governo. Segundo a Escola de Londres de Higiene e Medicina Tropical (London School of Hygiene and Tropical Medicine), o Brasil detecta em média 11% dos casos, por volta de uma a cada dez pessoas.

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