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Idosa que tomou remédio vencido em hospital sofre com falta de diagnóstico

Elizabete sofre com uma ferida cada vez maior no cóccix

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 28 de fevereiro de 2020 - 18:21
O caso continua sem solução
O caso continua sem solução -

Por Ana Carolina Moraes*

Piora a situação de Elizabete de Azeredo Leal, de 63 anos, que, após ser internada com suspeita de infecção urinária e chikungunya no final de janeiro, recebeu uma medicação na veia com prazo de validade vencido. A família da idosa denuncia que, dessa vez, foi constatado, através de um exame por imagens, que a paciente tem um derrame pleural bilateral, que, de acordo com pesquisas da família, é caracterizado pelo acúmulo excessivo de líquido no espaço entre os pulmões. A família ainda conta que, mesmo com o novo diagnóstico, ainda sente dificuldade em conseguir o auxílio necessário para Elizabete.

De acordo com o que foi relatado por Cristiano Leal, filho de Elizabete, a paciente foi transferida para o Hospital Doutor Luiz Palmier, em São Gonçalo, no dia 27 de janeiro. Lá, os médicos pediram que fosse feita uma ressonância magnética do abdômen superior e pelve para analisar a paciente, o que foi feito no dia 8 de fevereiro, em Itaboraí. A família de Elizabete, no entanto, só conseguiu ter acesso ao exame na última quinta-feira (27). 

"Nós esperávamos que o diagnóstico fosse entregue pelo e-mail e perguntávamos todo dia e nada. Até que nós nos disponibilizamos a ir ao local por conta própria e pegar o laudo. Entregamos ao médico esse resultado e ele disse que precisava conversar com o ortopedista, para estudar o caso, mas até agora não deu nenhuma resposta", relatou Cristiano. 

Além disso, Cristiano afirma que está aflito com a situação que parece que não terá fim. "Hoje, pela manhã, minha prima, que está de acompanhante, perguntou para o médico se ele já tinha alguma posição sobre esse laudo da ressonância e ele respondeu que já estava indo embora e que só voltaria na segunda-feira. Ele também disse que ainda ia conversar com um ortopedista. É um absurdo quanto descaso estão tendo com a minha mãe", relatou o morador de São Gonçalo, que internou a mãe pela primeira vez há 40 dias. 

Elizabete também vem sofrendo com uma infecção urinária e com uma ferida necrosada na parte do cóccix que vem crescendo cada dia mais. De acordo com a família, a ferida começou a se desenvolver no Pronto Socorro Central (PSC) de São Gonçalo, primeiro local onde Elizabete foi internada. 

A Prefeitura de São Gonçalo respondeu que "a paciente está recebendo todo atendimento necessário, com acompanhamento médico e de enfermagem. A paciente permanece sim, sem diagnóstico, porém não é por falta da realização de exames. Existem patologias de difícil diagnóstico. Diariamente os familiares que acompanham o caso estão sendo informados do caso pelo médico responsável. A úlcera e o quadro infeccioso estão controlados e a ressonância magnética realizada foi inconclusiva. O caso continua sendo investigado pela equipe médica."

RECORDANDO - No dia 27 de janeiro deste ano, O SÃO GONÇALO noticiou que Elizabete havia sido internada com uma suspeita de infecção urinária e Chikungunya no Pronto Socorro Central (PSC) de São Gonçalo, no dia 19 de janeiro. Na mesma reportagem, foi relatado pela família que enfermeiros haviam aplicado na veia de Elizabete um remédio com o prazo de validade vencido. 

Já no dia 30 de janeiro, em uma outra reportagem, a família da idosa relatou que ela estava sofrendo uma ferida necrosada na parte do cóccix. A família ainda conta que a ferida se desenvolveu depois que a senhora estava internada.  

Estagiária sob supervisão de Cyntia Fonseca*

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