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Painéis solares: Uma alternativa para fugir das altas faturas na conta de energia

Casal de São Gonçalo investiu em placas solares

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de fevereiro de 2020 - 10:03
A casa é sinalizada como geradora de energia fotovoltaica
A casa é sinalizada como geradora de energia fotovoltaica -

Por Daniel Magalhães *

Verde, amarela ou vermelha. Seja qual for a bandeira, a cada mês a sensação de que a conta de luz está mais cara é sentida no bolso. Mesmo com as economias, o resultado no fim do mês permanece igual ou pior. Para fugir das altas faturas, alguns gonçalenses decidiram recorrer a outras fontes de energia. É isso que o empresário Alcides Souza e a turismóloga Marina Morena têm feito há pelo menos 25 anos. Os dois criaram um recinto sustentável em meio ao caos urbano da cidade e, para além da economia, a casa foi pensada para ser um exemplo de conscientização ambiental.

Localizada em rua do bairro Porto Velho, a casa contém há mais de 20 anos três painéis solares que aquecem a água, sem a necessidade de energia elétrica. Recentemente, o casal optou por investir em sete placas fotovoltaicas para aumentar a economia em sua residência. Embora o investimento inicial seja consideravelmente alto, Alcides e Marina garantem que o gasto vale a pena, pelos os benefícios que vêm junto com a aquisição e o preço atual da conta de luz.

“O investimento foi de R$ 13.500,00, mas nós pagamos a taxa mínima da conta de luz, que fica em torno de R$ 40 a R$ 50 e podendo usar ar-condicionado o dia inteiro, usar todas as máquinas em sua casa, secador de cabelo, tudo. Porque nós não gastamos, na verdade estamos produzindo nossa própria energia. Também se gastarmos pouca energia em casa, o que sobra é armazenado durante seis meses e podemos passar essa energia para outra pessoa.”, disse Marina.

Os que possuem tal recurso em casa contam com um limite de Watt que pode ser utilizado sem custo adicional na taxa mínima. Caso os moradores não excedam o consumo, o restante fica armazenado durante seis meses como um “crédito de energia”, que pode ser repassado para outra pessoa em qualquer lugar da cidade, que seja administrado pela concessionária de energia, para que esta também tenha economize na fatura. No caso de Alcides e Marina, a energia armazenada será doada à prima da funcionária pública, que mora na Trindade. Os interessados em investir na energia solar devem procurar a concessionária de energia do município para que uma visita seja marcada em sua residência com o intuito de esclarecer o morador sobre os custos, a manutenção, o consumo e a fatura. Depois de instalada, os moradores podem ainda baixar um aplicativo que informa a quantidade de energia gerada e consumida durante o mês.

Além dos painéis solares, o casal pensou em outras maneiras de economizar energia. Todas as paredes da casa, por exemplo, são pintadas de branco para refletirem a luz do sol e assim evitarem acender logo a tarde. Lâmpadas que, por sinal, são de LED, que também resultam em economia.

Com outras pequenas atitudes, o casal faz a sua parte para preservar o meio ambiente, como separar o lixo para que seja reciclado e evitar despejar óleo de cozinha em ralos da pia e em outros lugares. O óleo usado é armazenado e cedido para uma conhecida que usa o líquido para fazer sabonetes. Para eles, esta é uma forma de incentivar os vizinhos e até mesmo outros moradores da cidade a pensarem mais no futuro que estamos deixando para as próximas gerações.

“Essa casa tem 40 anos e eu nunca precisei limpar a caixa de gordura, porque não vai gordura para lá. Se 50% das casas fizessem isso, a Baía de Guanabara não estaria tão poluída como está hoje.”, disse Alcides. “A mensagem que a gente deixa é para as pessoas pensarem mais no futuro do nosso planeta e não só em dinheiro, porque dói no bolso.”, conclui Marina.

*Estagiário sob supervisão de Marcela Freitas 

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