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Morador de Itaboraí morre após passar mal em navio que trabalhava

A Polícia Federal investiga o caso

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 25 de janeiro de 2020 - 15:18
Henrique trabalhava em navio há 10 anos
Henrique trabalhava em navio há 10 anos -

Henrique Lázaro Silva de Souza, de 41 anos, morreu durante o serviço na último dia 7. O homem era coordenador de manutenção da Plataforma P-70, da Petrobras, e faleceu em alto-mar. A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o que poderia ter ocorrido para que o homem morresse. O corpo de Rodrigo chegou ao Rio de Janeiro em um navio na última quinta-feira (23). Henrique era de Itaboraí e deixa uma esposa e dois filhos, um de 5 e outro de 9 anos. As informações são do Jornal O Dia.

Segundo informações de advogados da família da vítima, Henrique estava trabalhando em um navio que transportava equipamentos da China para o Brasil. No último dia 5, o navio estava retornando para o território brasileiro, quando, nesse momento, os funcionários da embarcação resolveram fazer uma bebida que misturava suco de uva e substâncias alcoólicas. Depois de beberem a mistura, todos os homens começaram a passar mal, inclusive, Henrique, que morreu 36 horas depois.

Um dos advogados da família da vítima, Ariel Bandeira de Melo, se pronunciou sobre o assunto e disse que as empresas que o contrataram não comunicaram à família sobre a morte do funcionário. "Lázaro era muito respeitado pelo pessoal da Petrobras e já havia trabalhado em outras plataformas. Independentemente das responsabilidades pela morte, não houve um comunicado oficial à família por parte de nenhuma das empresas. Até o momento tentamos estabelecer canal de comunicação com elas", afirmou ele. 

Um outro advogado da família, Antônio Pedro Melchior, relatou que o comandante do navio deveria ter agido no caso, o que não ocorreu. "Ele morreu dentro do navio. É necessária uma investigação sobre a conduta do comandante. Ele tinha o poder e dever de agir para evitar a morte, já que se passaram 36 horas, desde que ele começou a passar mal, até os colegas constatarem o óbito. Só então foi acionado o socorro. Queremos que seja apurado o homicídio culposo", disse.

De acordo com informações, Henrique trabalha há 10 anos para a Petrobrás, no entanto, sempre de forma terceirizada. A empresa de petróleo informou que não vai se meter no caso, pois Henrique não era seu funcionário. O mesmo foi dito pela empresa Boskalis, que era a responsável pelo navio no qual o homem morreu. Já a Hong Kong Yufeng Development, que contratou Henrique, não se pronunciou até o momento. 

Além disso, a Boskalis informou que os funcionários beberam um produto de limpeza de forma ilegal. No produto, havia uma mistura de etanol com metanol, o que pode ter causado o mal estar nos homens do navio. A empresa ainda informou que assim que a equipe da embarcação ficou sabendo do ocorrido, medidas foram tomadas. Os homens foram socorridos por um helicóptero na costa da África do Sul, no entanto, Henrique já estava morto no momento. 

A Polícia Federal informou que, somente após o final da investigação e da perícia no navio, será possível entender o que ocorreu e se foi realmente um crime.

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