Motorista de aplicativo viraliza na internet após gesto de nobreza

Por Rafaela Batista* 

"Fazer o bem sem olhar a quem". O ditado popular serve bem para descrever o motorista de aplicativos Daniel de Oliveira, de 30 anos, que na última semana, viralizou na internet com um gesto de nobreza, para com uma família gonçalense que passava por momentos difíceis.

A atitude inesperada de Daniel, no corre corre do dia a dia, levou a dona de casa Bruna Santos, de 33 anos,  a escrever um depoimento na internet que rapidamente foi compartilhado por muitas pessoas. 

Segundo Bruna, na noite noite da última terça-feira (5), ela estava em casa com o marido que tinha acabado de sofrer um acidente e estava muito triste, já que na mesma ocasião ela havia pedido companheiro de 4 patas, apelidado de Bartolomeu. Inesperadamente, a filha Letícia adoeceu e, quando ela percebeu a menina estava com 40°graus de febre. 

Em meio ao Caos, Bruna se viu perdida, já que o marido não poderia ajudá-la na missão de socorrer a criança. Foi quando ela não teve dúvidas e resolveu solicitar uma corrida por aplicativo. E para sua surpresa o motorista era Daniel. 

" Chamei pelo Uber, mas o aplicativo acusava de que ela já estava na corrida, sendo que ainda estava em casa esperando o carro.Liguei para o motorista para cancelar a viagem e lhe contei o que estava acontecendo. Quando ele soube que minha filha estava passando mal, ele disse que estava vindo correndo, desligou o aplicativo e me levou pro hospital” relembra Bruna que completou: 

“No caminho para o hospital, a minha filha começou a vomitar, eu pedi para ele parar o carro, para não sujar. Ele disse 'esquece o carro e vamos socorrer' a sua filha .Quando cheguei no hospital dei os R$60,00 que eu tinha no bolso, minha corrida tinha dado R$ 5,95, mas minha filha tinha sujado o carro todo e falei que depois eu pagava a limpeza. Ele não aceitou e, ainda disse que iria me esperar sair e me levar em casa”, contou a gonçalense emocionada com a atitude do motorista. 

Bruna finaliza dizendo como ela se sente com o carinho do Daniel, sem nem ao menos a conhecê-la. 

“Eu me sinto muito grata, de verdade. Fiz a postagem de coração. Somente para relatar o ocorrido e agradecer a ele publicamente. Não esperava toda essa repercussão, mas ele merece muito”, disse. 

O motorista de aplicativo, Daniel, contou que em nenhum momento pensou em desistir da corrida. 

“Quando ela me pediu para cancelar a corrida eu disse que não precisava, que era só ela me mandar uma localização para eu buscá-la, porque eu queria ajudar. Eu falei com o marido dela e chegando lá na casa deles, elas entraram no carro e eu fui rapidamente levá-las no hospital, eu via a filha dela piorar e comecei a dirigir igual ambulância, para chegar o mais rápido possível”, contou o motorista, que continuou dizendo que não sairia do hospital sem elas. 

“Chegamos no hospital, a Bruna quis me pagar a corrida, mas eu disse que não precisava e que só iria embora depois que ela saísse de lá. Fiquei até 1h da manhã esperando elas, para deixar depois em casa. Eu não quis cobrar a corrida, eu só quis ajudar. Porque eu tenho três filhos, então eu sei o que é uma mãe está com o filho nos braços passando mal, está precisando de ajuda e não tem ninguém para ajudar”, explicou.  

Daniel ainda conta que se isso acontecer novamente com uma outra família, ele ajudará.

“Se acontecer novamente, eu irei ajudar sem pensar duas vezes. Penso na criança, como se fosse um filho meu precisando de ajuda”, ressaltou o motorista.

Recordando - Em abril deste ano, a equipe de reportagem do O  SÃO GONÇALO, contou a uma história parecida com esse da Bruna e do Daniel, mas nessa história os protagonistas foram: a cabeleireira Andreia Pereira e o motorista Fabiano Lopes. 

A filha de Andreia estava passando mal, quando ela entrou no aplicativo para chamar o motorista para ajudá-la a levar a menina no Hospital Infantil Darcy Sarmanho Vargas, em São Gonçalo.

Mas, além de socorrer a mãe e a filha, Fabiano não cobrou pela corrida e ainda deu R$10 para que Andreia conseguisse voltar para casa.

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*Estagiária sob supervisão de Marcela Freitas