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Gonçalense tem seu nome envolvido em fraude bancária

Ela foi acusada de comprar um veículo Camaro

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 06 de novembro de 2019 - 08:19
Ela foi acusada de comprar um  veículo Camaro
Ela foi acusada de comprar um veículo Camaro -

Daniela Scaffo 

A assistente social, Aline Cristine de Sousa Otoni, de 41 anos, que mora no Engenho Pequeno, em São Gonçalo, ficou surpresa com a ligação do setor de cobranças do banco Santander, informando a falta de pagamento do financiamento de um veículo, no valor de mais de R$ 120 mil. O problema é que a mulher nunca teve conta na financeira, e tampouco fez a compra de um carro.

O caso aconteceu em junho do ano passado. Segundo a assistente social, o veículo, um Chevrolet Camaro, na cor preta, ano 2010/2011, foi adquirido em uma agência localizada em Inoã, distrito de Maricá, em fevereiro de 2018. As duas primeiras parcelas do carro chegaram a ser pagas, porém, com a falta de pagamento, a financeira começou a fazer cobranças a Aline.

"Quando eu recebi a ligação, eu não acreditei. O atendente, então, me passou o número do telefone da financeira e pediu para que eu ligasse confirmando. Eu até pesquisei na internet, para ver se aquele número realmente era válido. Entrei em contato e tudo foi constatado. A compra foi feita em fevereiro do ano passado, usando meu nome, meu RG e meu CPF. A única coisa que era diferente da minha, era o telefone e o endereço, que estava dando Ponta d'Areia. O carro foi colocado no nome de uma empresa", contou, estarrecida.

Após o contato telefônico entre Aline e a financeira, o Santander enviou para a assistente social o contrato do financiamento. A assinatura era parecida com a de Aline, apesar de não ser a dela. 

Os documentos usados pelos criminosos que fizeram a compra do Camaro usando o nome de Aline, no entanto, não foram fornecidos pelo Santander. Com isso, a assistente social, que é mãe de uma jovem de 18 anos, e precisa manter a casa sozinha, acabou tendo o seu nome negativado no SPC e Serasa. 

Aline fez o registro de ocorrência, na 73ª DP (Neves), em junho do mesmo ano, e no final de 2018, precisou entrar na Justiça, tendo que arcar com os custos do advogado. A primeira audiência foi adiada, por falta de notificação da Promotoria ao banco. Agora, Aline aguarda para saber o que será feito.

"O Santander não me dá nenhum tipo de respaldo. Com isso, eu não posso mais aumentar o limite dos meus cartões de crédito e nem fazer financiamento, porque meu nome está negativado. Fui na agência do Rodo e a única coisa que o gerente me informou é que isso poderia mesmo ocorrer e me deu a orientação de entrar na Justiça. Eu estou arcando com algo que não fiz. Nunca vi um Camaro na vida e não tenho carro, só ando de ônibus. Sempre fui muito precavida. Tenho todo o cuidado de não passar dados por ligação telefônica e não faço compras pela internet. Não há nada que justifique isso. É vergonhoso ser negativada e ter que depender dos outros para comprar as coisas", finalizou.

O SÃO GONÇALO procurou o banco Santander que respondeu: “O Santander está tentando contato com o cliente para obter as informações necessárias para apurar o que ocorreu".

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