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Funcionários do Pronto Socorro de São Gonçalo podem entrar em greve

Eles estão com atrasos salariais

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 29 de outubro de 2019 - 10:23
Eles estão com atrasos salariais
Eles estão com atrasos salariais -

Funcionários do Pronto Socorro de São Gonçalo ameaçam parar ainda esta semana caso os salários referentes aos meses de setembro e outubro não sejam pagos. A unidade era administrada pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional, Social, da Saúde e Profissional (Idesp), mas segundo a prefeitura o contrato foi rescindido pela direção do órgão na semana passada. A decisão chegou a ser publicada no Diário Oficial e o prefeito José Luiz Nanci convocou a contratação de uma outra OS em caráter emergencial. Das empresas que apresentaram propostas, a Insaúde foi a escolhida. A empresa administra a Unidade Municipal de Pronto Atendimento (Umpa) de Nova Cidade há três anos.

O entrave foi parar na Justiça. A direção do Idesp entrou com uma ação garantindo que não rescindiu o contrato de gestão e pediu a anulação do ato assinado pelo prefeito. "O Idesp ratifica que em nenhum momento rescindiu o contrato de gestão e que não fora informado da decisão, bem como fora arrancado da gestão e gerenciamento do pronto socorro. Nenhum dos nossos funcionários foi demitido. Continuamos na gestão", garantiu o presidente do Idesp, Rui Guilherme de Souza.

Para tentar evitar a paralisação dos serviços, a prefeitura acionou o Ministério Público do Trabalho para conseguir uma liminar que autorizasse o município a pagar o salário de setembro. Mas durante a audiência realizada na última sexta-feira não houve acordo e um outro encontro foi marcado para o próximo dia 4, Sem uma decisão , a Insaúde fez uma reunião com os funcionários e realizou o pagamento do auxilio transporte.

"É uma falta de respeito com a gente, que estamos aqui dia e noite, faça chuva ou sol, atendendo a população. Temos os nossos compromissos. Temos colegas que estão com luz e telefone cortados e outros que estão quase sendo presos por não pagamento de pensão alimentícia, O pagamento saia sempre com atraso, mas recebíamos. Mas agora há muitas interrogações: vamos receber? vamos continuar contratados? quem vai nos indenizar?",- garantiu um grupo de funcionários, entre eles enfermeiros, médicos e pessoal administrativo.

Pelos últimos informes do pronto socorro, o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Social, da Saúde e Profissional (Idesp), que administrava a única unidade de urgência e emergência do município que funciona no regime "porta aberta", contabilizou até agosto a marca de 136.216 pacientes atendimentos. Paralelamente, foram realizados 221.872 exames de sangue, urina e fezes; 5.789 tomografias computadorizadas; 44.082 raio x de cabeça, tronco ou membros; 16.282 endoscopias digestivas e 16.833 eletrocardiogramas.

Desde que assumiu o pronto socorro, há 1 ano e quatro meses, o Instituto realizou na área de infraestrutura, entre outras ações, obras de reforma nas enfermarias de clínica médica, ortopedia, coronariana e de curta permanência; construção de uma nova capela mortuária; conserto do elevador; construção de três consultórios médicos e de outros três para classificação de risco; intervenção no setor de raio x, com remodelação total do setor; higienização das caixas de água e cisterna; instalação de novos bebedouros e extintores de incêndio; e manutenção corretiva em toda as redes elétrica, hidráulica e de oxigênio. Quinzenalmente, a unidade recebe higienização nas áreas internas e externas.

Nas áreas administrativa e funcional, o Idesp contratou pessoal através de regime CLT (carteira assinada) e PJ para os médicos; aquisição mensal de insumos e medicamentos; aquisição de novas camas, biombos, raio x portátil, ambulância, material cirúrgico; e  equipamentos para a enfermaria coronariana. 

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