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Paciente renal pede ajuda para conseguir medicação através de plano de saúde

Homem chegou a fazer campanha no Facebook com a hashtag #AutorizaAssim

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de outubro de 2019 - 17:18
Imagem ilustrativa da imagem Paciente renal pede ajuda para conseguir medicação através de plano de saúde

Por Daniela Scaffo

Há quase dois meses, o publicitário por formação, mas agora aposentado, Edson Danylo de Carvalho Motta, de 30 anos, descobriu que sofria de uma doença crônica chamada glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF) recidiva. Desde então, iniciou-se uma 'luta' para conseguir a autorização de seu plano de saúde para um tratamento avaliado em quase R$ 50 mil.

Segundo Edson, em maio de 2017, ele descobriu que era um paciente renal e ficou quase dois anos fazendo hemodiálise. Em 28 de fevereiro deste ano, conseguiu fazer o transplante de um dos rins, no Hospital São Francisco na Providência de Deus, na Tijuca, ficando 26 dias internado.

Como de praxe, após a alta do transplante, o aposentado precisou ir toda semana à unidade de saúde para fazer exames. Foi em um desses exames que os médicos perceberam uma perda anormal de proteinúria, que é o nível de proteína dispensado na urina.  A doença, em médio a curto prazo, leva a danos aos rins, podendo até mesmo desenvolver uma insuficiência renal.

"Descobri que tinha glomeruloesclerose nessa última internação. Em 2017, quando me informaram que eu era paciente renal, eu estava quase morrendo, então não foi feita uma biópsia e nem um estudo mais avançado, porque meus rins já tinham perdido toda a função. Na época, nos foi explicado que não teria eficácia a tentativa de descobrir porque já havia perdido eles", contou Edson.

A primeira parte do tratamento, que aconteceu no início de setembro, foi uma Plasmaférese. A Plasmaférese consiste na substituição do plasma no sangue por soro com albumina e tem por objetivo diminuir os anticorpos para que eles parem de atacar o rim e assim, o órgão tenha mais qualidade.

A segunda parte seria feita com a medicação Retuximab, em que algumas literaturas médicas mostram resultados positivos na redução da proteinúria, segundo Edson. Porém, o plano de saúde contratado pelo aposentado, o Assim Saúde, não liberou o tratamento.

"Eu fiz 10 sessões de Plasmaférese e tive uma boa redução da proteinúria. O normal de uma pessoa é 150 mg por dia de proteinúria e eu estava com 11 mil mg antes do primeiro tratamento. Após a Plasmaférese, foi para 3 mil, o que trouxe um resultado parcialmente favorável. Um segundo tratamento seria com Retuximab, que apesar de não ser um medicamento do rol de medicamentos pra essa doença, já teve eficácia e seria feito de maneira que o resultado esperado fosse a redução da proteinúria", explicou.

O pedido para autorização do plano de saúde para a segunda etapa do tratamento aconteceu em 1º de outubro, pelo próprio hospital da Tijuca. Porém, a Assim Saúde até então não permitiu a continuação do tratamento.

"Fiquei internado do dia 2 de setembro, até a semana passada. Estava aguardando a liberação do medicamento pelo plano, mas como não foi autorizado, me deram alta. A Assim Saúde não está autorizando minha medicação, mesmo já tendo sido mandado um relatório médico com todas as informações pertinentes justificando a necessidade da medicação e a resposta que o hospital recebe, ainda é negativa", informou Edson, que chegou a fazer campanha no Facebook com a hashtag #AutorizaAssim. As respostas do plano de saúde, no entanto, foram apenas automáticas e genéricas. 

O SÃO GONÇALO entrou em contato na manhã desta segunda-feira com a Assim Saúde, através do telefone 2102-9700, quando foi informado que não teriam um setor de assessoria de imprensa. Encaminhado para o marketing da empresa, informaram que não tratavam desse assunto no setor.

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