Rua de Trindade, em São Gonçalo, sofre com esgoto a céu aberto e mau cheiro

Por Thalita Queiroz*

Um caso de calamidade pública vem chamando a atenção de moradores da rua Macaé, em Trindade, na cidade de São Gonçalo. A população desta rua precisa conviver com o mau cheiro da água verde acumulada nos portões de entrada das casas. O problema se arrasta há mais de 4 meses e a equipe da prefeitura já foi ao local mas nada foi resolvido, o resultado disso são os inúmeros protocolos que os moradores recebem ao tentar denunciar o caso crônico que vem tirando o sono de todos.

Uma das moradoras mais atingidas pelo esgoto é a Márcia Maciel Coutinho, de 46 anos. Ela mora no bairro desde que nasceu e relata que nunca aconteceu algo parecido nesse tempo.

“Da última vez, já faz umas três semanas, ligamos para a prefeitura e eles afirmaram que iam mandar uma equipe na última terça (17), mas já se passaram dias desde o último prazo. Quando ligamos para ter um posicionamento deles, eles dizem que não têm uma posição”, conta ela, indignada com a situação.

Márcia, que também teve sua rua vítima das obras intensas que o bairro recebe, precisa ter um cuidado redobrado com sua mãe, a aposentada de 77 anos, e abrir mão de um momento de lazer com os netos.

“Eu fico com medo deles virem pra cá e pegar alguma doença, porque isso é esgoto, pode transmitir alguma doença”, afirma ela que evita receber visitas em casa.

Os moradores da rua já fizeram até um mutirão de limpeza para desentupir, mas como não há o material correto para drenar a água de esgoto, a movimentação não ajudou muito na solução do problema. “Não sei qual o procedimento que eles precisam tomar mas sei que tem que haver alguma solução, não é possível. São mais de 4 galerias de esgoto que precisam de reparos, a fossa mais crítica fica bem em frente ao meu portão e pega toda a fachada da minha casa”, explica ela.

Em busca de uma solução que seja a longo prazo, os moradores da Rua Macaé, em Trindade, clamam por atenção da prefeitura de São Gonçalo. “Estamos fazendo de tudo para que as autoridades olhem para a nossa rua e percebam que isso é uma calamidade, nunca somos atendidos, sempre fazem promessas que não conseguem cumprir”, desabafa Márcia.

Em resposta, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano informou que encaminhará uma equipe nos próximos dias para analisar o fato e realizar os reparos necessários. 

*Estagiária sob supervisão de Marcela Freitas