Loja de festas na berlinda
Várias pessoas estão procurando a polícia para denunciar loja especializada em eventos

Maril e Quézia procuraram a polícia para denunciar terem sido lesadas pela empresa de festas
Foto: Alex RamosPor Marcela Freitas
Dezenas de moradores de Itaboraí e São Gonçalo, que contrataram decoração para festa de aniversários de seus filhos, estão procurando a Polícia Civil para denunciar a proprietária de uma loja festas do bairro Apollo III, em Itaboraí. A empresa é acusada por não entregar o serviço e dar um “calote” nas clientes. Muitas pessoas, já pagaram integramente por suas festas, mas os responsáveis pela loja fecharam o estabelecimento, deixando uma dívida superior há 1,2 mil de aluguel, luz e água.
A notícia de que a loja fechou se espalhou rapidamente através de uma rede social e pegou as clientes de surpresa. De acordo com as vítimas do calote coletivo, a proprietária da loja que usava uma rede social para divulgar seu trabalho e promoções, retirou o perfil do ar, assim como seu perfil pessoal e de seu marido e sócio também.
Uma das vítimas foi à atendente Raquel Moreira Rocha Cardoso, 18 anos, que trabalhava na loja e não teve a festa entregue. Segundo Raquel, muitos clientes estão procurando por ela, mas ela não tem qualquer relação com o casal, e, inclusive, foi uma das vítimas. Raquel já registrou ocorrência.
“No tempo em que trabalhei, vi várias pessoas sendo lesadas. Eles alugavam materiais que não tinham na loja e falavam para as clientes que haviam esquecido de levar. Esse mês, eles me dispensaram e tinham comigo uma divida de R$ 340. Como alegaram não ter como pagar, pedi que me alugassem uma decoração e assim foi combinado. Mas no último domingo, eles não apareceram. Por sorte tenho amigos que trabalham com festa e consegui uma mesa emprestada”, contou.
Outra que se diz lesada foi à dona de casa, Quezia de Carvalho dos Reis, 23 anos. Ela contratou o serviço de decoração por R$ 120, que não foi entregue. “Eles faziam promoções relâmpagos no facebook. A minha era tudo completo por esse valor. Como a loja fica próximo da minha casa, acreditei no serviço. Só descobri que era um golpe no sábado às 17h, quando fui à loja e o locador informou que eles tinham saído da loja sem pagar aluguel. Foi desesperador. Mas graças a Deus uma amiga alugou a mesa e pude fazer a festa”, informou.
Locador do imóvel, Damião Antônio da Silva, 71 anos, disse que também foi lesado pelo casal. “Eles estão devendo 3 meses de alugueis no valor de R$ 1,2 mil, além de água e luz. Eles quiseram tirar os móveis mais impedi. A loja está trancada e só vou liberar para retirada de material, caso o valor seja pago. Quase todos os dias, as vítimas vêm à minha casa saber notícias deles. Infelizmente, não acredito que eles irão voltar”, afirmou. Os proprietários da AJF Festas foram procurados, mas não atenderam as nossas ligações.
Sem festas - A dona de casa Marli de Souza Rodrigues, 24 anos, disse que contratou a decoração da festa de sua filha que acontecerá em 9 de maio por R$ 245, mas ela não acredita que vai receber pelo serviço. “Cai em um golpe e tenho certeza disso”, declarou.