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Mulheres empreendedoras de São Gonçalo são exemplos de força e superação

Exemplos dessas mulheres podem inspirar outras a melhorar qualidade de vida

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de junho de 2019 - 11:51
Imagem ilustrativa da imagem Mulheres empreendedoras de São Gonçalo são exemplos de força e superação

Por Myllena Vianna*

“Empreendedorismo, para mim, é fazer acontecer, independente do cenário, das opiniões ou das estatísticas. É ousar, fazer diferente, correr riscos, acreditar no seu ideal e na sua missão”. A frase de Hillary Clinton, ex-primeira dama e 67º secretária de Estado dos Estados Unidos diz muito sobre o poder das mulheres no mundo empreendedor.

Elas são exemplos de força, superação e ousadia. Com um toque feminino, fazem dos seus trabalhos uma arte e mostram para outras mulheres que elas podem muito mais do que imaginam.

A confeiteira gonçalense, Annie Carolina Gomes, de 29 anos, pode ser considerada a “Maria da Paz”, de São Gonçalo. A personagem de Juliana Paes, na novela “A dona do pedaço”, tem muito a ver com a história da confeiteira. Na trama, Maria da Paz passou por muitas dificuldades na vida, mas com sua persistência conseguiu expandir seu negócio e criar uma rede de confeitarias. Na vida real, Annie Carolina se identifica com a personagem pelas adversidades que já enfrentou na vida e hoje também faz a assessoria dos eventos. Tudo começou em maio de 2017, quando ela decidiu se dedicar à confeitaria e fazer dela sua profissão.

“No começo de tudo, passei por momentos muito difíceis, mas que me impulsionaram a ser quem eu sou hoje. Eu e meu esposo vendíamos fatias nas ruas, pois só as encomendas não eram o suficiente para o sustento da minha casa, e essas fatias foram um sucesso. Até que abri minha loja e não deu certo, porque eu percebi que não adiantava ter a melhor massa e não ter uma gestão financeira e estratégia. Com isso, conheci profissionais maravilhosos e que me ajudaram a crescer. Hoje, não cheguei ao meu objetivo máximo, mas tenho delivery de fatias em toda região de São Gonçalo e Niterói e trabalho também com assessoria de eventos, tenho um espaço para atender meus clientes, meu ateliê e ainda muito o que conquistar”, contou.

Atualmente, Annie também promove workshops para encorajar outras mulheres e ensiná-las a como organizar as finanças, divulgar o trabalho de maneira correta, se transformar em referência na área da confeitaria. “Digo sempre: todas as mulheres podem ter seu empreendimento e temos muita força e persistência, conquistamos muito. Vejo que, como eu, no início, muitas mulheres têm muitas dúvidas sobre como organizar as finanças, aumentar o faturamento. Essa foi a profissão que mudou a minha vida e pode mudar a vida de muitos homens e mulheres”, concluiu Annie.

É no som do funk que a DJ Thaís Rangel, de 19 anos, leva seu trabalho para os espaços de festa em São Gonçalo. Além de se dedicar à música, a DJ também trabalha como fotógrafa, bombeira civil e realiza manutenção de aparelhos celulares e tablets. A artista já participou de programas na TV Bandeirantes e na CNT.

“Minha vida é muito corrida. Trabalho muito desde os meus 13 anos, pois ainda não me mantenho com o dinheiro de shows. Conseguir participar de um programa de TV foi muito incrível, passou um filme na minha cabeça. A melhor parte foi saber que a minha família estava reunida na sala para assistir. Não contive as lágrimas. No dia da entrevista, minha mãe recebeu uma ordem para deixar a casa onde morávamos, mas tudo deu certo”, disse.

A carreira da DJ se iniciou ainda quando era fotógrafa e realizava trabalhos nas casas de shows. “Eu me emocionava e me via um dia tocando como eles. Eu decidi me dedicar à música por gostar muito de funk e adorar estar nesse ambiente, tenho muitos amigos nessa área”, afirmou.

Por ser mulher, já enfrentou muitas dificuldades por não a aceitarem, mas com sua persistência e força, a artista está conseguindo conquistar seus objetivos. “Muitas portas já se fecharam para mim, já sofri muita discriminação por ser DJ mulher e por isso pensei muitas vezes em desistir. Hoje consigo realizar três shows no final de semana e me apresento em Campos. Ainda existem casas de show que não me proporcionam a chance de tocar, mas sei que estou chegando lá”, contou.

Thaís tem muitos projetos e pretende levar seus shows para outras regiões do Brasil, além de contribuir para a melhoria de vida da sua família. “Quero trazer novidades para o público e chegar a outros estados. Minha expectativa é ser reconhecida nacionalmente para ajudar minha família. Meu sonho é comprar uma casa para minha mãe e conseguir pagar uma boa escola para o meu irmão. Proporcionar a eles coisas boas e contribuir para uma vida financeira estável”, falou.

Para Thaís, o que a inspira é a realidade da vida e a impulsiona a continuar lutando por seus objetivos. “Quero conquistar alcançar o sucesso profissional para ajudar as pessoas que eu amo. A dura realidade me inspira a ser mais do que eu imagino. É difícil ver um irmão pedir um brinquedo e não poder dar, uma tia desejar uma geladeira e não conseguir comprar. Toda essa luta é por eles e para eles. É importante que outras pessoas tenham coragem de ousar e fazer mais. Com luta, todas nós mulheres somos capazes de chegar onde quisermos”, concluiu Thaís.

Com esses exemplos distintos, é possível ver que as mulheres atualmente, além de profissionais, são impulsionadoras e trazem inspiração para outras pessoas e isso faz com que queiram também melhorar a qualidade de vida que possuem.

Estagiária sob supervisão de Cyntia Fonseca*

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