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Ativistas culturais de São Gonçalo são homenageados na Alerj

A homenagem foi concedida aos membros do Coletivo Ponte Cultral e do Cine Tamoio

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de junho de 2019 - 11:50
Membros do Cine Tamoio (SG), Cineclube Atlântico Negro (RJ) e Ponte Cultural (SG) são homenageados
Membros do Cine Tamoio (SG), Cineclube Atlântico Negro (RJ) e Ponte Cultural (SG) são homenageados -

Por Rennan Rebello

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) promoveu uma cerimônia para homenagear diversas personalidades e movimentos culturais estaduais que receberam o ‘Diploma Heloneida Studart de Cultura’ que é concedido pela Comissão de Cultura da Alerj. Entre os laureados: representando São Gonçalo, o cineasta Alberto Sena idealizador do Cine Tamoio, único festival de cinema da cidade e o jornalista Marcos Moura do projeto Pontel Cultural. Além da dupla, o pesquisador Clementino Jr, responsável pelo Cineclube Atlântico Negro (CAN), do Rio e que realizou seu mestrado na área de Educação na FFP-UERJ do bairro do Patronato também recebeu seu certificado.

“O Cine Tamoio é um ato político onde o negro, o indígena, a mulher e o o gay tem seu lugar de fala é um fortalecimento de nossas ações culturais em São Gonçalo e uma forma de mostrar que há coisas bacanas na cidade”, disse Sena

Já Marcos Moura aproveitou o espaço para exaltar a importância da democratização do acesso a cultura.

“O reconhecimento é tão importante quanto as políticas públicas para tornar acessível as ações culturais na periferia. Sobretudo para que os artistas e realizadores da cultura possam pagar seus boletos através do seu ofício. Aproveito a oportunidade para agradecer a Comissão de Cultura e aos amigos e integrantes do Coletivo Ponte Cultural”, comentou Moura.

Outra personalidade do meio cultural a receber a diplomação foi Clementino Jr do CAN, que desde 2008 tem a proposta de trazer o cinema da diáspora africana onde os negros são protagonistas das produções.

“Apesar do diploma ter sido dedicado a minha pessoa, não tem como me desvincular do trabalho desenvolvido no CAN como os cursos de criação em audiovisual, o que acabou influenciando na minha trajetória acadêmica na Educação, onde fiz mestrado na UERJ de S.Gonçalo por ter uma linha pesquisa sobre desigualdade sociais que casa com a proposta do meu projeto que também trabalha a questão do negro ”, contou ao O SÃO GONÇALO, o cineclubista Clementique será um dos debatedores da 4ª edição do Cine Tamoio, em setembro na unidade do Sesc-SG, onde seus pais, os atores Clementino Kelé e Chica Xavier serão homenageados.

Jornalista é inspiração

O diploma concedido pela Alerj leva o nome da jornalista cearense Heloneida Studart, falecida em 2007, aos 75 anos, em decorrência de uma parada cardíaca. Entre suas bandeiras políticas estava a luta pelo direito das mulheres e também foi oposição contra a Ditadura militar que assolou o Brasil entre os anos de 1964 a 1985.

Como escritora, ela publicou 10 livros, entre eles: a obra ‘China: o nordeste que deu certo’ (1978), que retrata a sua experiência na China comunista, na época, governada por Mao Tsé-Tung. A autora teve como foco em também abordar a transformação das mulheres chinesas que no passado eram vendidas como escravas e estavam ocupando posições de destaque naquela sociedade.

Além de sua carreira na literatura, Heloneida foi deputada estadual pelo Rio de Janeiro, tendo também ocupado o cargo de diretora do Centro Cultural da Assembleia Legislativa.

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