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O SÃO GONÇALO celebra 'Toda forma de amor' no Dia dos Namorados

Conheça quatro histórias de diferentes tipos de casais

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 12 de junho de 2019 - 14:36
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Por Rafaela Batista*

Ele chega de fininho, traz consigo o frio na barriga, o sorriso ‘frouxo’ e os olhos brilhando ao ver aquela pessoa. O coração dispara que quase para. É capaz de superar a distância, o preconceito, o tempo e até mesmo a rotina. Ele - o amor - que tem uma data representativa, da qual o Brasil é o único país a comemorar: o dia 12 de junho. Em comemoração a esse dia tão especial, O SÃO GONÇALO entrevistou quatro casais, cada qual com sua história pois como diz Lulu Santos: “Consideramos justa toda forma de amor”.

RENNAN E MARINA
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Algumas pessoas rezam para que Santo Antônio mande aquela pessoa especial, já que é o “santo casamenteiro”. Mas, na história do jornalista Rennan Rebello com a gerente de vendas, Marina Khritkina, o cupido da relação foi o atual presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Em uma viagem à Rússia para cobrir a Copa do Mundo, Rennan entrou no site do AIRBNB - empresa de hospedagem - e selecionou três quartos em três apartamentos, cada um numa cidade diferente, para que pudesse acompanhar os jogos do mundial. Um dos quartos, era o de Marina.

Segundo o jornalista, após acertar tudo, ele salvou o telefone de cada locador para caso acontecesse imprevistos. A duas semanas da viagem, Rennan postou uma imagem do Putin em seu status do WhatsApp e a gerente de vendas fez um comentário a respeito, dando início, a partir dali, a conversas diárias. Depois de se encontrarem, decidiram, então, manter o relacionamento a distância. “Posso dizer que já estávamos juntos antes mesmo de nos vermos. Quando a encontrei, ficamos e naquele momento, percebi que não seria mais o ‘tiozão’, e que tinha encontrado alguém com quem eu quisesse compartilhar a vida”, contou Rennan.

De acordo com a russa, não houve medo da distância em nenhum momento. Para ela, Rennan é sua alma gêmea.“Os budistas dizem que se você encontra alguém e seu coração está batendo, suas mãos tremem, e seus joelhos estão flexionados, então essa não é a pessoa. Quando você encontrar sua alma gêmea, se sentirá calmo. Sem ansiedade. O destino, nós criamos todos os dias, horas e minutos, por pensamentos, palavras e ações”, disse Marina.

WALACE E SANCLAIR
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“Não importa o que vão dizer, eu quero só você”: o trecho da música encaixa-se perfeitamente na história dos Dj’s gonçalenses, Walace Ferreira, 28, e Sanclair Marques, 25. Juntos, eles enfrentaram muitos preconceitos para conseguirem ficar juntos, por serem um casal gay. Mas, o amor falou mais alto e em setembro, eles completam oito anos de namoro.

Tudo começou com um simples abraço, que talvez não signifique tanto para algumas pessoas, mas, para os rapazes, marcou a história do casal. Em uma noite, em 2011, Walace tocava em uma festa e depois da sua apresentação, Sanclair o abraçou e elogiou dizendo que era o melhor Dj da noite.

“O nosso primeiro abraço foi marcante, inclusive lembramos até hoje. Não queríamos mais nos soltar, foi literalmente amor à primeira vista”, contou Walace. “Enfrentamos muitas dificuldades, pois a vida a dois de um casal gay não é nada fácil. Ainda mais quando não há apoio da família”.

Mesmo sem o apoio das famílias, eles estavam dispostos a enfrentar qualquer dificuldade para estarem juntos, e, acabaram preenchendo um ao outro, formandoa própria família. Aos poucos, Sanclair foi se adaptando a vida de Dj do companheiro, até que acabou se apaixonando mais ainda pela música e tornou-se Dj também, de música pop.

“O Walace é o meu porto seguro. É a página mais linda que o destino colocou na minha vida. Quando o vi pela primeira vez, não pensei em nada, apenas senti o coração batendo forte”, completou.

GLÓRIA E OSWALDO
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Esse amor “driblou” as dificuldades da vida, deu uma “caneta” na rotina e fez um gol no tempo. Juntos há 51 anos, os pedagogos Glória Merlim e Oswaldo Moraes, ambos com 67 anos, continuam vivendo como eternos namorados. “Você é o amor que existe em mim” é o trecho da música que seria a trilha sonora do amor desse casal, segundo a D. Glória.

O romance começou em um baile, que na época era chamado de “hi-fi”, promovido pela turma de formandos do antigo ginasial, em 1967. Mas, o namoro só teve início em fevereiro de 1968, no Clube Tamoio, pois Oswaldo na época precisou provar para Glória que não era ‘criança’, como ela pensava.

“Quando eu o vi pela primeira vez, o achei muito criança. Porque eu sempre fui muito adulta, tanto fisicamente quanto mentalmente. E o Oswaldo é mais novo que eu apenas cinco meses, mas, na época realmente tinha cara de criança”, contou a pedagoga, que não teve o seu coração balançado logo de início.

Namoraram por cinco anos e em janeiro de 1973, se casaram. Depois criarem os dois filhos, Oswaldo e Glória agora tiram o tempo para curtir a vida a dois.

Eles são muito mais do que marido e mulher, são amigos e companheiros de todas as horas. De acordo com a gonçalense, com o passar do tempo, é difícil olhar para o outro como se fosse a primeira vez, mas o amor continua mesmo com o tempo.

“Olhar como se fosse a primeira vez é difícil pois amadurecemos, criamos rugas, cabelos brancos, ficamos ranzinzas e outros defeitos mais. Mas, sempre digo a quem convive comigo que o casamento só dura se começar com uma paixão, que com o tempo vira amor e depois se torna uma amizade muito, mas muito sólida. E, claro, saber sempre equacionar, tirar MDC, MMC”, brinca D. Glória, que completa dizendo o que Oswaldo representa para ela: “Ele é a minha vida”.

Para Oswaldo, D. Glória representa tudo. “Glória representa para mim tudo nesta vida. Minha mulher, amiga, mãe, minha vida e meu tudo”, conta o pedagogo.

LÍLIAN E MÁRCIO
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“Nosso relacionamento cresce como uma árvore, que primeiro finca as raízes no chão, para depois crescer para o alto. Nossa parceria da vida pessoal e profissional é única. Nos falamos no olhar”: é desta forma que a policial Lílian Guilhen, 36, define sua história de amor com o parceiro tanto na vida profissional quanto na pessoal, o sargento da policia militar, Márcio Freitas, 42.

A história começou através de uma carona, há oito anos. Segundo Lílian, ela e o marido - eterno namorado - trabalhavam em setores diferentes na Polícia Militar, quando ela ainda era soldado e ele, cabo. Um dia, ela precisou de uma carona para voltar ao seu posto de trabalho e quem levou a policial para o seu setor, foi o Márcio, na época apenas um colega de trabalho.

Durante o caminho, o casal conversou e trocou telefones para combinar mais uma carona de volta ao 12ºBPM. Até que um dia, a oportunidade surgiu e durante o trajeto, rolou o convite para um chopp, quando finalmente aconteceu o primeiro beijo.

Por trabalharem juntos, a militar conta que o casal sabe separar bem a situação em que vivem e, por isso, não enjoam um do outro.

“Há oito anos, vivemos uma parceria que tem dado certo. E há seis, trabalhamos juntos, seja na mesma equipe ou mesma viatura. O nosso aprendizado é diário, o respeito e a admiração um pelo o outro crescem na mesma medida que o nosso amor”, explica Lílian, acrescentando: “Aprendemos a separar o profissional do pessoal. No serviço, ele é o 2° Sargento Freitas e eu sou a Cabo Guilhen. Em casa, ele é o meu xão e eu sou a xãozinha dele”.

Ainda segundo Lílian, o tempo pode passar, mas o frio na barriga continua e o amor só aumenta. O sargento Márcio conta que Lílian foi a sua melhor escolha: “Sempre foi ela e continuará sendo”, disse Márcio.

Já Lílian diz que ainda sente as borboletas voarem na barriga, quando está perto do marido e agradece a Deus por ter conhecido o amor da sua vida.

“É maravilhoso!”, conclui a policial.

*Estagiária sob supervisão de Marcela Freitas e Cyntia Fonseca

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