População de rua toma conta de praça em Niterói

O aumento do número de pessoas em situação de rua tem preocupado comerciantes e moradores de bairros de Niterói. As ruas tem virado verdadeiros albergues a céu aberto, o que acaba trazendo muito insegurança.

Um desses casos é visto na Praça Juscelino Kubitschek, no Centro de Niterói. No local, passam diariamente estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF), que precisam caminhar para chegar ao Campus, no Gragoatá.

Eles contam que é comum serem abordados por essas pessoas e muitos deles praticam pequenos delitos.

“Quase que diariamente escutamos relatos de assaltos aqui. Algumas dessas pessoas abordam com violência e sempre estão em bando o que dificulta uma possível fuga. Mesmo sendo um local de muito movimento, não encontramos qualquer agente público e guardas municipais para coibir esse tipo de ação”, disse uma estudante de História, de 22 anos.

O SÃO GONÇALO esteve no local, e durante todo o tempo não encontrou agentes da Guarda Municipal na praça e nem no trecho da Avenida Rio Branco, até a universidade.

“Se Niterói tem guardas municipais, eu desconheço. O número de roubos aumentou bastante porque essa população em situação de rua cresceu em nosso município. Acho que deveria se aumentar também o número de agentes aqui. Além de se cuidar da questão social dessas pessoas”, disse um comerciante.

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) informou que “as equipes de educadores sociais realizam, em média, 500 abordagens mensais, onde buscam sensibilizar essas pessoas para irem para o Centro Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop).

Em média, 230 pessoas são encaminhadas, mensalmente, ao local. Há três locais para atendimento dessa população: a Casa de Acolhimento Florestan Fernandes, com 50 vagas para homens adultos, o Centro de Acolhimento Lélia Gonzalez, com 50 vagas para mulheres e famílias, e o Centro de Acolhimento Arthur Bispo do Rosário, com 30 vagas para homens adultos”.