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Radares das rodovias RJ 104 e 106 podem ser retirados

Comissão de Turismo e Transporte vai recorrer ao Ministério Público para retirar os 'pardais'

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 11 de maio de 2019 - 08:05
 Excesso de ‘pardais’ é tema polêmico entre representantes do DER e comissões de turismo
Excesso de ‘pardais’ é tema polêmico entre representantes do DER e comissões de turismo -

Por Myllena Vianna


Após recentes reportagens divulgadas por O SÃO GONÇALO, a respeito do excesso de radares na Rodovia Amaral Peixoto (RJs 104 e 106), parlamentares discutiram o tema durante uma audiência pública conjunta das Comissões de Turismo e Transporte da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com representantes do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (DER) e do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-RJ).


O deputado estadual Felippe Poubel (PSL), anunciou que vai recorrer ao Ministério Público para que a justiça determine a retirada dos radares de áreas de risco, principalmente na RJ-106, e que os mantenha com velocidade compatível com a via.


“Os bandidos aproveitam redução da velocidade nas áreas de risco para promover arrastões e assaltar os motoristas obrigados a trafegar a 50 quilômetros por hora em locais perigosos. O DER está transformando a RJ-106 na rodovia da morte com o único propósito de arrecadar. Estamos reunindo depoimentos e informações técnicas para recorrer ao MP”, afirmou Poubel, que trafega pela RJ-106 todos os dias. A deputada estadual e vice-presidente da comissão de Turismo da Alerj, Rosângela Zeidan (PT), de Maricá, sugeriu que o DER faça parcerias com as Prefeituras dos municípios da Região dos Lagos para a instalação de passarelas em trechos de grande movimento de pedestres na via.


Raul Fanzeres, vice do DER, que estava representando Uruan Cintra, presidente do departamento que foi convidado para a reunião, mas não compareceu, declarou que a instalação dos ‘pardais’ é feita a partir de uma análise técnica e afirmou que não há intuito de arrecadação de dinheiro com os ‘pardais’. Segundo ele, os recursos são destinados a sinalização, educação no trânsito e na melhoria das rodovias. Raul não soube informar quanto o departamento arrecada com as multas aplicadas aos condutores que excedem a velocidade limite ao ultrapassar os ‘pardais’.


“O DER contava no ano passado com um orçamento de R$ 500 milhões. Neste ano, a receita caiu para R$ 170 milhões. Foram reativados vários convênios, inclusive com a Polícia Rodoviária Estadual e com a Lei Seca. Através das parcerias, os poucos recursos estão sendo investidos na manutenção. Falta muita coisa, mas estamos buscando parcerias com os municípios”, explicou.


Nas últimas edições, O SÃO GONÇALO tem mostrado o descaso com as principais vias que ligam as cidades da Região Metropolitana à Região dos Lagos. O excesso de ‘pardais’ se tornou um risco aos condutores dos veículos pela velocidade limite de 50km e a implantação deles em locais de alto risco de criminalidade. Para a instalação desses radares, foram investidos pelo governo do estado R$33 milhões, divididos em três lotes. Nas Rjs 104 e 106 R$11 milhões foram gastos. Nas RJs da região, a empresa responsável pela implantação é a Talentech.


Estagiário sob supervisão de Cyntia Fonseca*

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