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Beth Carvalho morre aos 72 anos, no Rio

Ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, zona sul do Rio, desde janeiro

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 30 de abril de 2019 - 19:35
Beth começou a fazer sucesso na década de 1970 e se tornou uma das maiores intérpretes do gênero
Beth começou a fazer sucesso na década de 1970 e se tornou uma das maiores intérpretes do gênero -

A cantora e compositora Beth Carvalho morreu nesta terça-feira (30), aos 72 anos. Ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, zona sul do Rio, desde janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Os problemas na coluna afetavam a cantora há muitos anos. Em 2018, com a mobilidade cada vez mais reduzida, Beth Carvalho fez um show histórico. Ao lado do grupo fundo de Quintal, ela mostrou sua força ao cantar deitada seus sucessos no show “Beth Carvalho encontra Fundo de Quintal – 40 anos de pé no chão”.

Vida e Obra

Elizabeth Santos Leal de Carvalho decidiu seguir a carreira artística após ganhar um violão da mãe. Ela foi professora de música e morou em vários bairros do Rio, visitando com frequência os ensaios das escolas e rodas de samba. Beth começou a fazer sucesso na década de 1970 e se tornou uma das maiores intérpretes do gênero.

A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano, emplacando vários sucessos como “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai” e “Vou Festejar”. Beth Carvalho é reconhecida por resgatar músicos do samba, como em 1972, quando buscou Nelson Cavaquinho para a gravação de “Folhas Secas” e em 1975, quando lançou “As Rosas Não Falam”, do Cartola. Ela também revelou artistas como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Luis Carlos da Vila, Jorge Aragão e muitos outros. Por essas características, Beth ganhou o apelido de "Madrinha do Samba".

Foram 51 anos de carreira, 31 discos, dois DVDs e apresentações em diversas cidades do mundo. Beth ganhou um busto na Grécia, após representar o Brasil no festival “Olimpíada Mundial da Canção”. No Japão, embora nunca tenha feito shows, vendeu milhares de cópias de CDs e teve sua carreira musical incluída no currículo escolar da Faculdade de Música de Kyoto.

Beth Carvalho recebeu seis Prêmios da Música Brasileira, 17 discos de ouro, nove de platina, um DVD de platina, centenas de troféus e premiações diversas. Em 1984, foi enredo da Escola de Samba Unidos do Cabuçu, “Beth Carvalho, a enamorada do samba”, sendo a primeira escola do Grupo de Acesso campeã do Sambódromo, que tinha sido construído naquele ano. Embora mangueirense de coração, Beth foi homenageada pela Velha Guarda da Portela com uma placa por ser a cantora que mais gravou seus compositores.

Em 1997, a música “Coisinha do Pai” foi tocada no espaço, quando a engenheira brasileira da Nasa Jacqueline Lyra, programou a música para ‘acordar’ um robô em Marte.

Beth Carvalho se despede sendo uma das maiores sambistas de todos os tempos e deixa uma legião de fãs em todo o mundo.

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