Venda irregular cresce nas calçadas da comunidade Buraco do Boi, em Niterói
Segundo as denúncias, o valor das áreas vendidas chegam a R$10 mil
Caso ocorresse uma ação preventiva dos órgãos de defesa do patrimônio público e fiscalização da Prefeitura Municipal de Niterói, a indiscriminada venda de calçadas por traficantes do Buraco do Boi, no Barreto, na Zona Norte da cidade, poderia ser evitada.
De forma anônima as pessoas tem feito denúncias desde o ano passado sobre o problema à Guarda Municipal de Niterói e a Secretaria de Fiscalização e Posturas do município, sem no entanto, conseguir evitar a crescente ocupação dos espaços públicos.
OSG vem noticiando, desde a semana passada, uma nova modalidade de crime que estaria sendo promovida por um dos filhos de Paulo César Gomes Jardim, o ‘Paulinho Madureira’, que mesmo preso, além de ter ‘alugado’ a comunidade para a exploração de venda de drogas para criminosos do Comando Vermelho, também permite a venda de áreas sobre as calçadas da Avenida Monsenhor Raeder, o principal corredor viário de acesso ao Buraco do Boi.
Segundo denúncias de moradores, de acordo com o tamanho das áreas vendidas, o valor pode chegar a R$ 10 mil.
“Eles dão o preço de acordo com o tipo de atividade comercial que a pessoa vai desenvolver. Se for algo que vai render um lucro grande, o preço chega a R$ 10 mil, se é algo menor, custa de R$ 2 mil a R$ 3 mil”, informa a denúncia anônima.
Segundo os moradores, se houvesse uma ação mais efetiva dos órgãos da Prefeitura de Niterói, o problema poderia ser solucionado. Segundo informações também repassadas ao Disque Denúncia (2253-1177), já não há como estacionar em vários pontos da Avenida Monsenhor Raeder por causa das construções irregulares.
A compra das áreas sobre as calçadas têm despertado interessa maior aos camelôs, segundo as denúncias protocoladas no Disque-denúncia. Uma equipe de OSG tentou pronunciamentos à Guarda Municipal e à Secretaria de Fiscalização e Posturas, mas até o fechamento desta edição, não houve resposta.