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Varredora ajuda jovem assaltada no primeiro dia de trabalho e caso viraliza

Dinheiro estava guardado para comprar chocolate das filhas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de abril de 2019 - 19:39
Filhas de Sheila não ficaram sem os ovos de páscoa
Filhas de Sheila não ficaram sem os ovos de páscoa -

Por Karolina Mello*

Uma atitude nobre pode mudar a vida das pessoas. A Karine que o diga. A jovem foi assaltada na noite desta quinta-feira (18), na Rua Estrada das Pedrinhas, no Amendoeira, em São Gonçalo. Os assaltantes levaram documentos, dinheiro e o telefone celular. Até aí a história seria trágica e, infelizmente, comum, com um agravante: o assalto aconteceu justo no primeiro dia de trabalho dela.

Mas era a madrugada de sorte de Karine, pois um anjo em forma de mulher apareceria no caminho tortuoso da história. Desesperada e com medo, a moça correu em direção a Praça dos Bandeirantes, pensando no dinheiro da passagem roubado e no emprego conquistado a muito custo. É aí que, então, entra a personagem principal dessa história: Sheila Martins, que é varredora da praça há cinco anos.

Após chorar, Karine recuperou o fôlego e contou que havia sido assaltada, que havia perdido tudo que levava e temia perder o emprego logo no primeiro dia. De início, a varredora se certificou de que a menina estava bem, lhe deu água e ofereceu o único dinheiro que tinha consigo, R$ 50,00 que salvariam o novo emprego de Karine. O dinheiro estava reservado para garantir a páscoa das duas filhas de Sheila, mas isso não a impediu de oferecer a ajuda sem pensar duas vezes.

Karine tentou recusar, mas Sheila deixou o dinheiro e saiu dizendo “Vai e não perde a oportunidade! Emprego está difícil!”. Karine, incrédula, só conseguiu agradecer mentalmente àquela mulher. 

Como forma de agradecimento, Karine publicou nas redes sociais o ocorrido, que teve grande repercussão. A postagem tem, até o momento, mais de 1.500 compartilhamentos.

Sheila, uma mulher simples, muito ligada a família, contou a O SÃO GONÇALO que recebeu centenas de ofertas de doações depois que sua atitude foi compartilhada nas redes.

“Algumas pessoas ofereceram ovos de páscoa. Outras ofereceram dinheiro, mas não aceitei. Para não te falar que não aceitei nada, teve um rapaz que conhecia meu marido e deixou três ovos de páscoa lá no trabalho dele. Uma menina ofereceu um ensaio fotográfico de páscoa também, e eu aceitei para as meninas. Mas de resto, não aceitei nada.”, contou Sheila, que trabalha como varredora há cerca de nove anos.

“Fiz de coração e faria de novo. Eu só não imaginava que ela postaria e nem imaginava a repercussão. Já tiveram outros casos também, tipo quando eu achei uma carteira, com não sei quantos mil, e devolvi para o dono. Já achei bolsa com tudo dentro também. Fora as coisas que acho, devolvo e não ganho nem um obrigado. Mas não ligo, fico é rindo da situação”, finalizou.

Estagiária sob supervisão de Cyntia Fonseca*

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