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Lojistas têm expectativa de aumento no faturamento na venda de peixes no feriado

Funcionários do Mercado São Pedro afirmam: o peixe que mais sai é corvina

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 18 de abril de 2019 - 10:16
Venda de peixes em mercados de Niterói e São Gonçalo costumam dobrar nesta época do ano
Venda de peixes em mercados de Niterói e São Gonçalo costumam dobrar nesta época do ano -

Por Alan Emiliano*

Durante a Semana Santa, os moradores de São Gonçalo, Niterói e região reservam os dias para a compra de pescados fresquinhos nas peixarias que serão servidos no almoço desta sexta-feira. De acordo com os comerciantes dos municípios, a expectativa é de preços um pouco mais altos que o ano passado, mas que não ‘estourem’ os bolsos dos consumidores.

Os comerciantes apostam que as vendas dos peixes se manterão semelhantes ao ano passado. Isso porque, segundo eles, os preços não subiram tanto em relação a semana santa do ano passado.

No Mercado de Peixe São Pedro, em Niterói, os funcionários da Peixaria J.Moreira contaram que o peixe que mais sai na banca é a corvina, devido ao custo benefício. “A expectativa é a maior possível, é o período que o mercado fica mais movimentado. Temos produtos de qualidade com um preço bom. Esperamos a clientela nos próximos dias”, afirmou o vendedor Rogério Alegre.

Já em São Gonçalo, a expectativa é grande para hoje (18) e amanhã (19), dias de maior número de vendas. Na peixaria do Gilberto, no Alcântara, a corvinota é o “queridinho” dos consumidores. A funcionária Maril Sales, 53 anos, destacou o preço da corvinota, que está custando R$ 12,99. Além disso, outros destaques da peixaria são os preços do xerelete (R$ 19,99) e bagre (R$ 14,99). “Aqui, temos produtos baratos e a nossa previsão é de que fique ainda mais barata na sexta-feira”, contou.

Já a dona de casa Benedita dos Santos, de 73 anos, foi até o local, na manhã de ontem, e adquiriu um xerelete, mas ressaltou que os preços estão um pouco mais ‘pesados’.

“Em relação ao ano passado, está mais salgado. Mas já comprei o meu peixe e estou pronto para o almoço”, afirmou a gonçalense.

Quem também está ansioso para a Semana Santa é o ex-goleiro do Botafogo, Wagner, que possui um restaurante no Mercado de Peixe de Niterói e afirmou que os dias de maior movimento no local são a quinta e sexta-feira.

Tutorial para identificar o bacalhau ‘verdadeiro’

A Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses da Prefeitura do Rio montou um tutorial para identificar o verdadeiro bacalhau. O pescado salgado seco é elaborado com peixe limpo, eviscerado, com ou sem cabeça e tratado pelo sal (cloreto de sódio). Nestas características, existem cinco espécies comumente comercializados, mas apenas duas delas consideradas bacalhau: o gadus morhua (Cod) e o gadus macrocephalus. Veja como identificar.

O Gadus morhua (Cod) é conhecido no Brasil como bacalhau do Porto ou Porto Morhua. Normalmente é feito do peixe maior, mais largo e com postas mais altas, apesentando coloração palha e uniforme, quando salgado e seco. Já a Gadus macrocephalus é conhecido como bacalhau Portinho ou Codinho. É muito semelhante ao primeiro, mas não se desmancha em lascas.

As demais espécies de pescado salgado seco são saithe, ling e zarbo. O primeiro tem musculatura mais escura e sabor mais forte. O Ling é bem claro e mais estreito que os demais. Já o Zarbo geralmente menor que as demais espécies, com lascas mais duras.

A coordenadora de Alimentos da Vigilância, a médica-veterinária Aline Borges deu dicas básicas que atestam a qualidade dos peixes e ajudam a prevenir os riscos à saúde da população.

“Só compre peixes com o ventre íntegro, pois quando se rompe é um alerta de estágio avançado de alteração. Já o camarão tem que estar inteiro, não pode ser vendido descascado e sem cabeça, isso é proibido. Verifique se há manchas negras na cabeça e no corpo, o que é mais sinais de alteração”, afirmou.

*Estagiário sob supervisão de Cyntia Fonseca

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