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Ator gonçalense vive na Argentina e grava filme no país

Alexandre Curty participou de Chiquititas em 1997

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de março de 2019 - 09:16
Alexandre Curty já começou a gravar primeiras cenas de filme co-produção Brasil-Argentina
Alexandre Curty já começou a gravar primeiras cenas de filme co-produção Brasil-Argentina -

Por Cyntia Fonseca

Vivendo há 24 anos na Argentina, o ator natural de São Gonçalo, Alexandre Curty, vai viver mais uma vez o encanto das artes cênicas, desta vez no cinema. Convidado a fazer um teste para uma co-produção Brasil-Argentina, com direção de Juan Schnitman, ele viverá o personagem Valmir, primo da protagonista e parte do núcleo brasileiro do elenco.

As gravações já iniciaram e o longa tem previsão de estreia para o fim deste ano.

“Os testes geralmente são muito cruéis. Você tem que decifrar o que o diretor quer naqueles breves minutos, e muitas vezes você não encontra, tem que buscar. Mas durante esse teste rolou uma química muito boa. Estavam o diretor, o protagonista, e senti imediatamente que o personagem era meu. Vi que eles ficaram muito satisfeitos e eu também me senti muito confortável”, relembra Alexandre Curty.

O novo desafio do ator, no entanto, apenas reafirma o talento de um artista cujo currículo é extenso. Foram vários papéis no Teatro e na TV, tanto no Brasil quanto na Argentina.

“De projeção nacional no Brasil, eu fiz a peça ‘Hair’, na versão de 1993, com direção de Jorge Fernando, em São Paulo. No elenco tinha Ricardo Macchi, Roberto Bataglin e Thalma Freitas. Fiz ‘Dois palhaços e uma zebra’, em turnê pelo interior de toda São Paulo e Vale do Paraíba, no Rio; e ‘Um circo de sonhos’, que foi um espetáculo pequeno mas muito lindo, de minha produção. Enfim, me dá muito prazer transitar esse processo de produção e criação de personagem. Isso para mim é impagável. Parece demagogia, mas eu desfruto muito de todo o processo”, conta o ator, que hoje tem rotina dividida entre teatro, dublagens e publicidade na Argentina.

Na TV, outra experiência inesquecível, quando atuou na clássica ‘Chiquititas’ de 1997, do SBT.

“Entrei para fazer 10 capítulos. Quando estava para gravar o décimo, conheci a autora em um aniversário da Flávia Monteiro, a protagonista da novela, e tive uma grata surpresa. A autora veio conversar comigo, me agradeceu pelo meu trabalho e disse que em vez de 10 capítulos, meu trabalho iria continuar. Fiz mais de 70”, relembra ele que atuou como o antagonista Tomás na novela infantil.

Desde então, portas foram abertas na carreira artística, viajou para mais de 12 países e, aos 23 anos, Alexandre uniu as oportunidades de trabalho ao sonho de viver um grande amor internacional. Conheceu uma argentina por quem se apaixonou e mudou-se para o país que hoje considera como seu.

“A verdade é que a maioria do meu trabalho e vida profissional é aqui (na Argentina). Um país que me acolheu muito bem, muito amável, onde aprendi a querer, respeitar e fui muito respeitado também. Fugindo do detalhe da rivalidade do futebol, é um povo muito gente fina, que acolhe mesmo o estrangeiro e hoje nem sei mais de onde eu sou. Eu sou sempre estrangeiro aí e aqui”, brinca.

Na Argentina, Alexandre atuou no emblemático Teatro Colón, um dos mais importantes do mundo. Outra participação marcante foi com o papel de Shilock em uma adaptação da peça ‘O mercador de Veneza’, de Shakespeare, também no país ‘hermano’.

O filme ainda sem título definido é co-produção Wanka produções e Levante Filmes.

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