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União de Maricá aposta em homenagem a Nelson Gonçalves para conquistar título

Grupo vai desfilar na terça-feira de Carnaval

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de fevereiro de 2019 - 09:54
Presidente da U. de Maricá, Mauro Alemão, almeja desfilar na Marquês de Sapucaí no ano que vem
Presidente da U. de Maricá, Mauro Alemão, almeja desfilar na Marquês de Sapucaí no ano que vem -

Por Rennan Rebello

Embalada após o título no Grupo C, em 2018, a União de Maricá volta a desfilar na Intendente de Magalhães, em Campinho, na Zona Norte do Rio, na terça-feira de Carnaval, sonhando alto. E a aposta no enredo ‘Nelson Gonçalves - o autorretrato do Rei do Rádio’ certamente pode ser o caminho mais curto para conquistar o título da Liga Independente das Escolas de Samba do Brasil (Liesb) no Grupo B e ‘carimbar o passaporte’ ao Grupo de Acesso, passando a desfilar na Marquês de Sapucaí, em 2020. E esse é planejamento da diretoria da escola de samba que foi fundada em 2015.

“A nossa intenção é ‘mergulhar’ na Intendente para sair na Sapucaí. Apesar da crise que assola o Carnaval, estamos trabalhando forte para conquistar mais este título. Estamos vindo de uma sequência boa, em 2016, em nossa estreia no Grupo C, ficamos em quarto lugar e retratamos a história de Charles Darwin (naturalista inglês que esteve em Maricá, no Século XIX) e ficamos em 4º lugar. No ano seguinte, abordamos o folclore brasileiro e terminamos na 7ª posição, e em 2018 fomos campeões ao abordarmos o tradicional (bloco) ‘O Cordão da Bola Preta’, que na época completava 100 anos. E agora, em 2019, iremos representar bem o nosso município, nosso trabalho está sendo muito bem feito aqui no Barracão (em Campinho)”, explicou o presidente da agremiação, Mauro Alemão, que era da Cidade de Deus, antes de se radicar em território maricaense, no bairro de Itapeba.

O mandatário da alvirrubra dourada da Região Metropolitana também revela que houve uma mudança na estratégia da escolha de enredos para o desfile na Intendente Magalhães, devido ao perfil do público que é composto em grande maioria por moradores da cidade do Rio de Janeiro. Por isso, passaram a buscar temas mais próximos dos locais.

“As pessoas que frequentam os desfiles na Intendente são mais velhas e moram por aqui. Por isso, passamos a pensar em histórias que sejam mais próximas destes espectadores. Ano passado, foi o Bola Preta que é muito tradicional no Rio. E agora, vamos abordar a trajetória de Nelson Gonçalves, um típico boêmio e que apesar de gaúcho, se identificou muito com os cariocas. Por isso, vale a pena resgatar esta trajetória para os mais velhos relembrarem e aos mais novos, conhecerem mais a carreira de um grande artista da cultura brasileira”, revelou.

O carnavalesco Renato Figueiredo faz parte da escola desde o início, porém, passou a assinar os desfiles desde 2017 para retratar o ‘eterno boêmio’ que faria 100 anos, no próximo dia 21 de junho. Renato começou a pesquisar a biografia do artista em abril do ano passado. “Pesquisei muito sobre o Nelson, procurei a sua família e tive o cuidado de contar detalhes de sua vida e obra. Ele era conhecido por suas canções e façanhas que poucas pessoas sabem, como por exemplo, ele já foi lutador de boxe e tornou-se o ‘grande malandro’ da Lapa, ao brigar na rua e vencer o ‘Miguelzinho, Camisa Preta’ que era uma figura temida. Além disso, ele teve uma carreira brilhante por ter sido um artista completo. Foi considerado o ‘Rei do Rádio’ e assim como Elvis Presley, ganhou o título Nipper da RCA (extinta gravadora estadunidense que concedia o troféu aos artistas com mais tempo em atividade na empresa) “, disse o profissional do samba, que esteve na Comissão de Carnaval campeã da Beija-Flor em 2007.

Renato também relata a dificuldade de se conceber o carnaval da U. de Maricá devido ao incêndio no barracão da Porto da Pedra, em Santo Cristo, Região Central do Rio, como foi publicado em OSG, em julho de 2018, já que a agremiação de São Gonçalo ofertaria a estrutura que pegou foco aos maricaenses.

“A Porto da Pedra é a nossa Escola Madrinha e nos ajuda, como ocorreu no desfile sobre o Cordão da Bola Preta, onde utilizamos a estrutura cedida gentilmente por eles. Mas por conta disso, fomos obrigados a reutilizar a estrutura do ano retrasado. Contudo, superamos esta adversidade, tanto que o nosso trabalho está adiantado para fazermos um excelente apresentação. Como sempre foi preciso utilizar a criatividade”, finalizou.

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