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Hemonúcleo de SG pede doação de sangue para o Carnaval

Média de doação é de 15 por dia, e o ideal seria de 20

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de fevereiro de 2019 - 11:25
A dentista Maria Luiza Perlmutter é doadora há quase 20 anos
A dentista Maria Luiza Perlmutter é doadora há quase 20 anos -

Por Vitor d'Avila e Marcela Freitas 

Com a proximidade do Carnaval, aumenta a necessidade de aumentar as reservas de sangue no Hemonúcleo São Gonçalo, que fica junto ao Pronto Socorro Central, no bairro Zé Garoto. Como o banco não recebe doações durante os quatro dias de festividades e a demanda aumenta, principalmente devido a acidentes automobilísticos, é fundamental que a população doe sangue nos dias que antecedem o Carnaval.

O Hemonúcleo São Gonçalo, além de atender todo o Complexo Luiz Palmier e a Maternidade Municipal Mario Niadjar, em Alcântara, também, ocasionalmente, fornece sangue a outros hospitais no Rio de Janeiro e em Niterói, sendo que esta última não possui um banco de sangue público. De acordo com Genaldo Maquinez, hemoterapeuta da unidade, a quantidade de doações ainda está aquém do necessário. “O que temos, atualmente, não conseguiria suprir a demanda dos quatro dias de Carnaval. A média, hoje, é de 15 a 20 doações por dia. O ideal seria acima de 35”, disse.

Genaldo também afirma que não é necessário ter medo de doar sangue. Ele explica que o processo é simples e rápido. “Após a coleta, o doador irá se alimentar e hidratar para repor o líquido que é perdido. O processo dura de cinco a 10 minutos e, em geral, quem doa não costuma sentir mal estar. Qualquer pessoa, entre 18 e 60 anos, pode doar sangue”.

Para que seja feito o controle de qualidade do sangue recebido e seja mantida a integridade física do doador, é feito um processo de triagem antes da coleta do sangue. É realizada uma entrevista na qual são feitas várias perguntas acerca de hábitos e da saúde do doador. O enfermeiro triador Rogério Oliveira pede que todos colaborem com o procedimento e, o mais importante, não omitam informações e nem mintam durante a entrevista.

“A triagem é a primeira etapa do controle de qualidade. Os doadores assinam um formulário que afirma a qualidade do sangue e sua saúde. São informações específicas sobre a saúde do sangue. Uma senhora, que queria doar sangue aqui, nos contou que fez uma endoscopia há cerca de um mês. Infelizmente ela não pode doar, já que o tempo mínimo para a coleta ser feita após a realização de procedimentos invasivos é de seis meses. A restrição para a doação é, principalmente, para usuários de medicamentos antiarrítmicos, que podem ter algum tipo de descompensação durante o processo”, explicou.

Rogério ainda conclui que, no processo de triagem, doadores descobrem até mesmo que possuem doenças, como hipertensão. “A triagem não é somente para verificar a qualidade do sangue, mas também para garantir a integridade do doador e alertá-lo sobre possíveis enfermidades que ele possa ter e não saiba. Aqui, já descobrimos até mesmo casos de hipertensão”.

Após todo o processo de triagem, o sangue também passa por uma detalhada análise laboratorial, na qual seu resultado será confrontado com as informações passadas durante a entrevista e o sangue será liberado ou não para transfusão. Doadora de sangue há quase vinte anos, a dentista Maria Luiza Perlmutter, de 62 anos, é conhecedora de todo o processo e faz questão de sempre fazer o que para ela é um ato humanitário.

“Tenho o hábito de doar sangue três vezes ao ano, desde o ano 2000. Só aqui no Hemonúcleo São Gonçalo venho há 10 anos. Eu comecei a doar porque via as pessoas implorarem por isso, seja para elas próprias ou para parentes enfermos, então resolvi tornar isso rotina para que, quando alguém tiver a necessidade, eu já tenha feito. Também incentivo meus dois filhos a fazerem o mesmo e nunca tivemos nenhum mal estar após a doação. Espero que as pessoas não se acanhem e comecem a praticar esse ato de humanidade”, contou.

Atualmente, o Hemonúcleo São Gonçalo conta com seus estoques de sangue tipo AB- zerado; AB+ e A- baixos; O+, B+ e A+ razoáveis; e O- e B- baixíssimos. O banco recebe doações de segunda a sexta-feira de 7h às 12h e não estará recebendo doações durante o Carnaval, atuando apenas em casos de emergência para fornecimento de bolsas de sangue. (Vitor d’Ávila e Marcela Freitas)

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