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Manifestações em todo país pedem que Justiça do Trabalho não seja extinta

Servidores e advogados de São Gonçalo também realizaram protesto

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 22 de janeiro de 2019 - 12:05
Servidores se reuniram também em São Gonçalo e entregaram panfletos explicativos
Servidores se reuniram também em São Gonçalo e entregaram panfletos explicativos -

Por: Daniela Scaffo

Servidores do Judiciário, juízes, advogados e Centrais Sindicais realizaram ontem, atos em todo Brasil contra o fim da Justiça do Trabalho. Em São Gonçalo, cerca de 20 pessoas se reuniram em frente ao Fórum Juiz Feliciano Mathias Netto em um “ato em defesa dos direitos sociais e da Justiça do Trabalho”.

Durante a manifestação, eles também entregaram panfletos explicando a importância da Justiça do Trabalho ao longo do século 20 e início do século 21.

“Sem a Justiça do Trabalho, viveríamos certamente um caos na sociedade, pois sem a retaguarda desta especializada Justiça do Trabalho, com seus princípios próprios, notadamente de valor social do trabalho, estaríamos diante de um hiato, um vazio extremamente grave”, dizia o panfleto.

Segundo o presidente da Associação Fluminense dos Advogados Trabalhistas (Afat), Marcelo Cruz, a sinalização do presidente Jair Bolsonaro sobre extinção da Justiça do Trabalho é um ato de coação a todo judiciário e sociedade.

“Foi um ato de intimidação a voz da sociedade, que no seu justo motivo, vem as ruas manifestar contra a extinção da Justiça do Trabalho. O representante do executivo nacional, de forma sórdida, se comporta de maneira sorrateira. Ao ver a atitude que a sociedade tomou contra os atos da extinção da Justiça do Trabalho, apontou recuo nas suas palavras mas que não merecem a devida atenção, devendo a sociedade estar em alerta contra novas atitudes do executivo nacional”, declarou Marcelo.

No final do ano passado, a Justiça do Trabalho registrou 5,5 milhões de casos pendentes de julgamento, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O número foi inferior à quantidade de processos à espera de solução no ramo Federal (10,3 milhões) e no Estadual (63,4 milhões). Em entrevista a uma rede de televisão, o presidente declarou que está estudando a proposta.

“Qual o país do mundo que tem (a Justiça do Trabalho)? Tem de ser a Justiça comum. Isso daí (a eventual extinção) a gente poderia até fazer. Está sendo estudado. E havendo clima, poderemos discutir essa proposta e mandar para frente”, afirmou o presidente, em entrevista ao SBT, no último dia 3.

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