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Ex-funcionários do Comperj protestam contra absorção de mão- de-obra de 'fora'

Manifestação aconteceu na manhã da última quarta-feira

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 17 de janeiro de 2019 - 10:32
As obras do Comperj foram retomadas no final do ano passado, com expectativa de que 8 mil vagas fossem disponibilizadas
As obras do Comperj foram retomadas no final do ano passado, com expectativa de que 8 mil vagas fossem disponibilizadas -

Por Marcela Freitas

Mais de 30 ex-funcionários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) realizaram, no início da manhã de ontem, uma manifestação na BR-101, altura do trevo de Manilha, em Itaboraí. O grupo alega que para retomada das obras não estão sendo priorizados moradores da região, sendo dado preferência pela empresa responsável a contratação de trabalhadores de outros estados.

“Trabalhei no Comperj de 2010 a 2014 e dei meu sangue pela obra. Esperava que o mínimo que fizessem pelos ex-funcionários era que nos priorizasse para as novas contratações, o que não vem sendo feito. Não podemos nos calar diante deste descaso e essa manifestação de hoje (ontem) foi apenas a primeira das muitas que faremos”, disse um trabalhador que preferiu não se identificar por medo de represálias.

A Petrobras informou, em nota, que “apesar de a responsabilidade pelas contratações para as obras serem das empresas contratadas, a Petrobras tem reforçado junto as mesmas o compromisso de priorizar a contratação de mão-de-obra local”.

A estatal disse ainda como está o andamento dos serviços. “As obras do projeto integrado Rota 3 já estão em andamento e contemplam a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) e de um gasoduto com aproximadamente 355 quilômetros de extensão total, que escoará o gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos até a UPGN, em Itaboraí (RJ). Tanto a UPGN quanto o gasoduto estão previstos para ficar prontos em 2020. O objetivo é que funcionem integrados. A realização de cada etapa respeita o cronograma do projeto, e tem previsões distintas de conclusão, de acordo com a data de necessidade do serviço e a evolução da obra”, explicou a estatal na nota.

Recordando - A construção foi interrompida em 2015, após as denúncias de corrupção reveladas na operação Lava-Jato. No final do ano passado, a Petrobras fez uma licitação para finalizar as obras da Unidade de Processamento de Gás Natural, que ficará dentro do Comperj.

Também em outubro do ano passado, foi informado que as obras seriam retomadas a partir do contrato firmado entre a Petrobras e a empresa chinesa CNODC, para concluir a construção do empreendimento. A expectativa era de que 8 mil vagas fossem disponibilizadas.

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