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Escola estadual é destruída e invadida em São Gonçalo

Pátio está sendo utilizado como estacionamento

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de janeiro de 2019 - 09:37
Além do abandono da obra de reforma pelo governo estadual, o prédio do Colégio Tarcísio Bueno vem sofrendo com a atuação de vândalos e o uso do espaço por viciados para o consumo de drogas
Além do abandono da obra de reforma pelo governo estadual, o prédio do Colégio Tarcísio Bueno vem sofrendo com a atuação de vândalos e o uso do espaço por viciados para o consumo de drogas -

Por: Marcela Freitas

O descaso do Governo do Estado e o não cumprimento da promessa de reforma do Colégio Estadual Tarcísio Bueno, no Paraíso, em São Gonçalo, possibilitou que sem qualquer dificuldade a unidade de ensino fosse invadida por pessoas má intencionadas.

Fechada desde agosto de 2015, quando parte do telhado da biblioteca caiu, a unidade vem sendo depredada  e hoje o pátio é utilizado como estacionamento irregular e, também concessionário de veículos usados.

Moradores contam que o responsável pela invasão, seria um pastor, que já teria inclusive, manifestado seu desejo de colocar o que resta do prédio no chão e erguer sua igreja, no terreno.

Uma equipe de O SÃO GONÇALO esteve no local e constatou o estado de abandono. Se antes o problema era o telhado de uma das salas, agora, falta tudo. Paredes foram quebradas, janelas e portas levadas e até a água vem sendo furtada.

Sem qualquer dificuldade uma borracha foi colocada em um dos canos do local para retirada da água. Durante a passagem da equipe de reportagem, não encontramos nenhuma pessoa responsável pelo estacionamento no terreno.

“Isso é uma pouca vergonha. O estado nos abandonou. Minha filha estudou aí e, era uma escola maravilhosa. Fecharam a escola por causa de um telhado e, sem fiscalização permitiram que acontecesse essa invasão. O pastor disse que a área é dele. Como pode tomar assim uma área do governo e eles continuarem nessa inércia?”, questionou uma moradora do local.

A diretora do Sindicato Estadual do Profissional de Educação ( Sepe), Maria do Nascimento, informou que o sindicato já havia manifestado sua preocupação em relação ao abandono da unidade e, a possível invasão da área, tendo inclusive denunciado ao Governo do Estado e ao Ministério Público.

“Tínhamos preocupação na tomada da área por usuários de drogas e etc. Fizemos a denúncia. Sabíamos que haviam arrombado o portão. O que queremos agora é contar com a colaboração de O SÃO GONÇALO para expor esse descaso e ver se conseguiremos um resultado. Acredito que vamos perder esse espaço, já que não há interesse do Governo do Estado em fazer a escola funcionar”, contou.

A escola Tarcisio Bueno completará 52 anos e, por conta do ocorrido em 2015 os alunos foram para o Ciep 236 (Djair Cabral Malheiros), em Porto Novo, e 335 do ensino médio para o Ciep 237 (Wladimir Herzog), no mesmo bairro, com a promessa de retorno à antiga escola em um ano.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que “em 2015, houve a necessidade de interdição do prédio que abrigava a escola em virtude da queda de parte do telhado. A Secretaria ressalta que, desde o ocorrido, os alunos dessa unidade de ensino estão sendo atendidos no prédio de um Ciep, que fica a cerca de 300 metros do antigo colégio e que, inclusive, possui infraestrutura superior. A atual gestão da Seeduc, que assumiu há menos de 15 dias, ressalta que já está coletando as informações necessárias para tomar as providências cabíveis, sempre priorizando o atendimento pedagógico dos estudantes”.

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