Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,2089 | Euro R$ 5,5496
Search

Jornalista brasileira relança livro sobre a sua vida no país oriental

Sônia Bridi recebe vídeo de gonçalense e tira dúvida de Lucas Mesquita

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 10 de dezembro de 2018 - 10:28
> A jornalista Sônia Bridi também autografou um livro a Lucas Mesquita, que vivia no Mutondo e que atualmente está morando na província de Hebei, onde estuda mandarim na universidade chinesa
> A jornalista Sônia Bridi também autografou um livro a Lucas Mesquita, que vivia no Mutondo e que atualmente está morando na província de Hebei, onde estuda mandarim na universidade chinesa -

Por Rennan Rebello

“Viagens são fatais ao preconceito, à discriminação, à visão estreita, e muitos do nosso povo precisam terrivelmente de viagens, por causa disso”. Esse trecho da frase do escritor norte-americano Mark Twain abre o livro “Laowai - Histórias de uma repórter brasileira na China”, escrito pela jornalista da TV Globo, Sônia Bridi, em 2008, define a importância de conhecer novas culturas como ferramenta transformadora de si. A premissa ilustra bem a trajetória do estudante gonçalense do Mutondo, em São Gonçalo, Lucas Mesquita, de 19 anos, que sabendo do relançamento do livro, no final do mês passado, no Rio, enviou um vídeo com uma uma pergunta para a jornalista através de O SÃO GONÇALO.

Lucas foi tema de inúmeras reportagens de OSG, desde a época em que ele se destacava no ensino médio do Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Sousa (Intercultural Brasil-China), em Charitas, Niterói, até passar a morar em território chinês neste ano, onde estuda mandarim na Universidade Normal de Hebei.

“Eu gostaria de saber como foi a experiência na China que é um país fechado em relação a reportagens e cultura, pois as redes sociais são proibidas aqui, e por isso, gostaria de saber como foi a adaptação”, perguntou Lucas, que foi respondido também em vídeo pela jornalista.

“Não foi fácil e ainda continua difícil trabalhar na reportagem na China mas na minha época era um pouco mais complicado porque há muita censura às fontes, e a gente acaba temendo o que pode acontecer com elas. Teve até um episódio que uma pessoa que entrevistamos acabou sendo espancada pela polícia. Eu nunca sofri uma censura direta mas a dificuldade de acesso aos lugares e as pessoas era algo brutal e continua sendo, mas boa sorte para você aí”, disse Sônia que foi correspondente na China entre os anos de 2005 e 2006, junto com seu marido, o repórter cinematográfico, Paulo Zero, sendo pioneiros na cobertura latino-americana “in loco”, em território chinês.

Nesta edição de relançamento do livro da jornalista há um “bônus” através do epílogo Encontrando a China moderna, com impressões do momento atual do país após as gravações da série de reportagens ‘’A Jornada da vida - Rio Yangtsé’’, exibida em agosto deste ano, no programa “Fantástico”.

O livro pode ser considerado uma boa dica para quem trabalha ou quer ingressar no jornalismo ou para quem tenha interesse sobre a cultura chinesa contemporânea, onde há muito para se descobrir.

“Acho que o brasileiro tem muito a saber sobre a China contemporânea que fez o maior salto de transposição de gente da miséria para a classe média da história da humanidade. O país realizou em duas décadas o que a Europa demorou cinco ou seis. Outra coisa que acho importante é o fato da educação ser muito valorizada, e isso a gente pode aprender com os chineses”, explicou Bridi.

A reportagem de OSG, além de levar a pergunta de Lucas direto à fonte, enviará para ele um exemplar desta matéria impressa e um livro autografado com uma dedicatória especial dos autores.

“Ao Lucas Mesquita, de laowai (estrangeiro, em chinês) para laowai, com carinho”, Sônia Bridi e Paulo Zero.

Matérias Relacionadas