Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,1937 | Euro R$ 5,5292
Search

Niterói divulga estudo que classificou Boa Esperança como área de médio risco

Escala contém graus de riscos baixo, médio, alto e muito alto

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de novembro de 2018 - 12:30
Escala contém graus de riscos baixo, médio, alto e muito alto
Escala contém graus de riscos baixo, médio, alto e muito alto -

A Prefeitura de Niterói divulgou, nesta segunda-feira (12), um trecho do mapeamento das áreas de risco encomendado a Thalweg Engenharia e Projetos Geológicos que classifica o morro da Boa Esperança como área de médio risco dentro de uma escala que passa por muito alto, alto, médio e baixo riscos. O secretário municipal de Defesa Civil, Walace Medeiros, disse que o estudo completo, que abrange mais de duas mil áreas de Niterói, passará por avaliação dos órgãos municipal e estadual e será divulgado na primeira quinzena de dezembro.

“Quando houve o acidente nós solicitamos uma antecipação do estudo especificamente no trecho onde houve o rompimento do maciço. Os dados mostram que aquela área não era listada como uma região de alto risco. Não havia nada que pudesse indicar uma fissura em um maciço rochoso, que é uma estrutura interna do terreno, não era aparente, e era de difícil previsão”, informou Walace, acrescentando que o estudo da Thalweg divide a localidade da Boa Esperança em três partes, duas delas de baixo risco. O local específico da queda do bloco rochoso foi a única que apresentava médio risco. 

Walace Medeiros explicou que, nos últimos seis anos, foram realizadas obras de contenção em 70 pontos da cidade, com base em um inventário sobre as localidades de alto risco em Niterói, realizado em 2012. Os 42 pontos de alto risco identificados receberam obras de contenção. A Defesa Civil também ampliou o monitoramento meteorológico e realizou a capacitação de mais de 2 mil voluntários nos Núcleo Comunitário de Defesa Civil (NUDECs). Nos últimos seis anos, não ocorreu nenhuma tragédia com deslizamento de terra em encostas na cidade. 

O presidente do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM), Wilson Giozza, destacou que o departamento emitiu uma nota técnica emergencial que trata como "de difícil previsibilidade" a probabilidade de deslizamentos na encosta do morro. 

"Tecnicamente, devido às características geológicas, geotécnicas, trata-se sim de um processo de difícil previsibilidade. Foi uma combinação de fraturas presentes no maciço, juntamente com uma ação de perfuração e pressão d’água vindas de chuvas antecedentes”, disse Giozza. 

Investimentos – Desde 2013, a Prefeitura de Niterói fez cerca 70 obras de contenção de encostas, entregou mais de 3 mil casas populares e está desenvolvendo um trabalho específico, focado em áreas de alto risco geológico. Foram investidos mais de R$ 200 milhões em contenção de encostas e o Sistema Municipal de Defesa Civil de Niterói, considerado pela ONU um dos cinco melhores do Brasil.

A Prefeitura municipalizou sistema de alertas e alarmes por sirenes em setembro de 2016, quando o Governo do Estado anunciou que não poderia arcar com a manutenção dos equipamentos. Em nenhum momento o serviço deixou de funcionar na cidade e, atualmente, Niterói conta com 33 sirenes de alerta para desastres naturais em 28 pontos, além de 51 pluviômetros.  Todas as áreas consideradas de alto risco contam com sirenes.  Já foram implantados 52 Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudec), com 200 voluntários capacitados em primeiros socorros, prevenção e combate a incêndio, percepção de riscos geológicos, sistema de alerta e alarme e gestão de voluntariado.

Matérias Relacionadas