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Prefeito de Niterói decreta luto oficial de três dias

Famílias atingidas pelo desmoronamento receberão novos imóveis até dezembro

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 11 de novembro de 2018 - 15:13
Rodrigo Neves disse que nenhum estudo indicava área do deslizamento como de alto risco
Rodrigo Neves disse que nenhum estudo indicava área do deslizamento como de alto risco -

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, decretou luto oficial de três dias em memória das 14 pessoas vítimas da queda do maciço do alto do Morro da Boa Esperança, em Piratininga, no último sábado (10). Ele garantiu que as 22 famílias que viviam nos 17 imóveis que, de alguma forma foram atingidos pelo desmoronamento, e estão interditados, receberão novas residências até o dia 20 de dezembro. Até lá, a prefeitura disponibilizará o aluguel social para todos.

“No aniversário de Niterói, entregaremos 280 unidades habitacionais de interesse social na região da Ititioca para pessoas que já vinham sido identificadas em áreas de alto risco e vamos entregar também, em 20 de dezembro, mais 200 unidades que estamos construindo, nos últimos 18 meses, em parceria com a Caixa Econômica no bairro do Fonseca. Determinei a minha equipe que entregássemos as habitações para além das oito famílias diretamente atingidas pela pedra que rolou. Vamos entregar 17 casas às 22 famílias que estão com os imóveis interditados e passaram a ter um alto risco em função desse maciço”, explicou.

O prefeito disse ainda que apesar de algumas famílias terem um laudo de interdição datado de 2010 neste local, a região não havia sido citada em um inventário feito em 2012, das 42 áreas de risco da cidade que necessitavam da colocação de sirenes. Entretanto, ele garantiu que vai pedir o apoio do governador eleito, Wilson Witzel, para que coloque sirenes nas três comunidades da Região Oceânica que ainda não têm o equipamento: Bonsucesso, Esperança e Caniçal. Esses equipamentos serão mantidos pela prefeitura, como já acontece com os demais.

“Em 2012, ainda na gestão anterior, houve um inventário sobre as áreas de alto risco que subsidiaram a implantação das sirenes. Eu não sou técnico da área, mas nenhum estudo indicava essa área como uma área de alto risco. Claro que todas as comunidades do Rio de Janeiro que se desenvolveram ao longo das décadas em função das desigualdades entre o mar e a montanha têm algum risco. A administração pública precisa de estudos que garantam uma ordem de prioridades”, comentou.

O presidente do Departamento de Recursos Mineraisdo Estado do Rio de Janeiro (DRM), Wilson Jorge, disse que o acidente com o maciço aconteceu em uma área de baixa previsibilidade. "Era difícil identificar aquela área como sendo de alto risco. O único estudo que foi feito em 2012, foi identificado apenas as áreas em que tinham acontecido deslizamentos. Onde aconteceu esse acidente era de difícil previsibilidade. Estamos trabalhando com a Defesa Civil para fazer uma avaliação completa de Niterói e não ficar apenas nestes pontos estudados em 2012”, ressaltou.

O coordenador da Defesa Civil, coronel Wallace Medeiros, disse que mesmo que tivesse sirene, ela não seria acionada porque choveu menos de15 milímetros naquela região e para o acionamento deveria ser de45 milímetros em uma hora. "Os deslizamentos têm como fator deflagrador as chuvas fortes. Fazemos análise daquele imóvel e relacionamos ele com a chuva. Independente do local ter ou não sirenes, fazemos acorrelação e atualizações em todos os locais.Nesse fato específico, não houve volume necessário para que se deflagrasse um deslizamento.Não há correlação entre chuva e aquele tipo de movimento.Não havia entendimento para se processar uma interrupção de moradia naquela área”, explicou. 

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