Sexo frágil, que nada! Rosângela que o diga
Rosângela ajuda o irmão a consertar eletroeletrônicos há dois anos

Por Marcela Freitas
Em 1981 Erasmo Carlos já cantava: Dizem que a mulher é o sexo frágil. Mas que mentira absurda!Eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas. A música Sexo Frágil descreve muitas de nossas gonçalenses, em especial Rosângela Neves Siqueira, 54 anos, que todos os dias dribla o preconceito para mostrar que a mulher pode tudo o que quiser.
Ajudante de uma loja de conserto de eletroeletrônicos, em Santa Luzia, há dois anos, ela resolveu apreender com o irmão Paulo Neves, 51, o oficio que ele realiza há mais de 20. Ao poucos e com muita atenção, Rosângela foi se tornando o braço direito dele e hoje o ajuda a executar alguns serviços.
“Sei como mexer em ventilador, liquidificados e panelas. Ajudo no que é preciso. Ainda tenho um pouco dificuldade com a parte elétrica que deixo aos cuidados do Paulo. Mas sempre estou de olho para aprender sempre mais”, contou.
Apesar de sua boa desenvoltura com a chave de fenda e alicate, Rosângela garante que ainda tem preconceito.
“Muitas vezes quando as pessoas sabem que eu mexi ficam desconfiadas e, sei que preferem o Paulo até pela tradição. Mas ainda não tive nenhuma reclamação do meu serviço. Acho que essa é a melhor resposta. Trabalhar aqui me fez descobrir um novo mundo. Na minha casa sou eu que faço tudo hoje de trocar lâmpadas a tomadas”, afirmou.