Segunda capela mais antiga de São Gonçalo sofre com abandono
Moradores contam que quando chove é impossível ter missa no local

Por Marcela Freitas
Moradores da Ilha de Itaoca, em São Gonçalo, estão preocupados com a situação da Capela da Luz, que apresenta problemas em seu telhado. Segunda capela mais antiga de São Gonçalo, a construção foi erguida no século XVII (1646) e é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), o que segundo moradores da região, dificulta a manutenção do local.
Moradores, que pediram para não serem identificados, contam que a capela vem apresentando os problemas há mais de um ano e quando chove é impossível ter missas no local.
“As madeiras estão podres, e as telhas quebradas. Pedimos que as autoridades se sensibilizassem com a situação. Esse é um patrimônio tombado e não podemos trocar as telhas por nossa conta”, afirmou um morador.
Segundo o padre André Luiz, da Igreja Matriz de São Gonçalo, o cuidado com a capela tem sido realizado pela própria comunidade e, é com recursos deles que tem sido feito a manutenção.
“O telhado é uma questão muito dispendiosa. Essa telha chamada de coxa não se encontra mais. O encaixe dela é muito frágil e desliza com facilidade. Não são apenas telhas quebradas, elas correm porque o telhado é íngreme para queda d’água. Cada vez que alguém sobe no telhado para tentar recompor, uma quebra e não temos material sobrando para fazer a troca. As últimas telhas que conseguimos foi de uma casa comprometida há dois anos”, explicou.
A imagem de Nossa Senhora da Luz, encontra-se atualmente aos cuidados do Memorial Histórico da Matriz de São Gonçalo, que conta com um grupo de pesquisadores da Uerj.
A Arquidiocese de Niterói informou, através de nota, que “as celebrações das missas estão acontecendo normalmente aos domingos às 10h. A referida área é uma região muito importante, por isso as paróquias de São Gonçalo enxergam, como área de missão. Algumas atividades são proporcionadas ali, nos últimos meses, além das missas dominicais, atividades com grupos de jovens, momentos de visita entre pastorais de paróquias próximas”.