Prefeitura de São Gonçalo ‘desconhece’ camelôs de Alcântara
Os Pedestres ficam sem espaço nas calçadas

Por: Marcela Freitas
Apesar da Prefeitura de São Gonçalo afirmar, em reportagem de O SÃO GONÇALO publicada na edição de terça-feira, que desconhece a ocupação dos ambulantes irregulares na Rua Yolanda Saad Abuzaid, em Alcântara, e em horários não permitidos e que a Subsecretaria Municipal de Fiscalização de Posturas dá plantões no bairro de 8h às 18h de segunda a sexta, e aos sábados, das 8h às 14h, o que se vê é justamente o contrário. OSG comprovou, nesta terça-feira, mais um capítulo da “farra dos camelôs” que fazem o que bem entendem no bairro.
A reportagem verificou, inclusive, que a falta de fiscalização impede o ir e vir livremente dos pedestres, como ser flagrado nas calçadas da Rua Jovelina de Oliveira Viana, ocupadas por muitas barracas.
“Não tem como circular pelas calçadas com essa quantidade de barracas e gente circulando no Alcântara. Para escapar da multidão, tempos até que nos arriscar. Sou a favor do trabalho informal e sei que essas pessoas estão aqui porque precisam, mas deveria ter um local só para eles”, disse a professora Ana Paula Alves, de 42 anos.
Comerciantes do bairro, que pedem para não ser identificados, disseram que nesta terça-feira viram pessoas da fiscalização circulando. Mas, ao invés de coibir, eles nada fizeram para impedir o livre comércio.
“Temos que dar um óculos de grau para esse pessoal da Prefeitura. É um absurdo falar que desconhece a desordem no bairro do Alcântara. Isso é prova de que o governo não fiscaliza os seus próprios agentes. É uma piada essa Prefeitura. Ao invés de assumir a falha, prefere fingir que nada acontece”, disse irritado um comerciante.
Outro comerciante chegou a dizer que antes do governo de José Luiz Nanci não havia esse comércio desenfreado nas Ruas João Caetano e Yolanda Saad Abuzaid.
“São Gonçalo está abandonado. O comerciante que paga mais de R$ 20 mil de aluguel e gera empregos perde para uma concorrência desleal”, criticou o lojista.