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Tratamento demorado faz câncer avançar em paciente de São Gonçalo

O paciente está há três meses sem tratamento

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de agosto de 2018 - 09:14
Enquanto não há solução satisfatória para o caso, Anselmo Marins, de 44 anos, está cada dia mais debilitado
Enquanto não há solução satisfatória para o caso, Anselmo Marins, de 44 anos, está cada dia mais debilitado -

Por: Marcela Freitas e Rafaela Batista

Uma luta contra o tempo e a burocracia e a favor da vida. Desde fevereiro, essa tem sido a rotina de Anselmo da Silva Marins, de 44 anos, morador de Santa Luzia, em São Gonçalo, que descobriu ter um câncer no rim esquerdo.

Sem o tratamento rápido, ele acabou tendo metástase (quando o câncer se espalha além do local onde começou), e a doença avançou rapidamente para o fígado. O drama está sendo contado por O SÃO GONÇALO desde o último dia 1º.

Na primeira reportagem, Anselmo contou que, após cirurgia no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), em Niterói, ele foi o orientado a buscar um tratamento com oncologista no Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio, ou em unidades referenciadas e, foi então, que começou e ainda não terminou a sua vic-crúcis.

De acordo com o paciente, desde o dia 18 de maio, ele foi colocado em uma fila na Central Estadual de Regulação (CER), mas sem qualquer perspectiva.

Mas após a publicação da primeira reportagem de OSG, ele conseguiu uma consulta com o chefe do Departamento de Urologia do Hospital Estadual Pedro Ernesto (HUPE), em Vila Isabel, no Rio, mas o que parecia ser o fim do sofrimento foi apenas um capítulo da luta de Anselmo que continua em busca de um tratamento adequado.

“Ao verificar o grau da necessidade do meu tratamento, o médico solicitou à CER que me encaminhasse à Oncologia do Inca. Fui à unidade no dia 6, mas a consulta que deveria ser com o oncologista foi marcada para um urologista. Lá, o médico explicou que às quintas-feiras, existe uma reunião para avaliar todos os possíveis novos pacientes. Como entramos com uma liminar e a apresentamos, outro médico disse, ao término da reunião, que se desse andamento na matrícula levaria 60 dias para iniciar ao tratamento. Portanto, deveria retornar ao Antônio Pedro. Mas no Huap não tem remédio e, como ninguém quer se responsabilizar pelo meu tratamento, estou há três meses sem medicamento”, lamentou Anselmo, que está bastante debilitado.

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