Clin faz bandeira do Brasil com quase 6 mil tampinhas plásticas
Trabalho está exposto na entrada da Prefeitura de Niterói

Por Renata Sena
Sete pessoas produzindo, 15 dias de trabalho e milhares de ajuda de forma direta e indireta. O resultado foi um trabalho com quase seis mil tampinhas plásticas, unidas pelo quase invisível fio de nylon, que virou uma enorme bandeira do Brasil, com 2,8 metros de altura e 2 metros de largura.
O trabalho, que está exposto na entrada da sede da Prefeitura de Niterói, foi fabricado pelas mãos da equipe de reciclagem da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin), a Reciclin. As tampinhas foram recolhidas nos diversos Ecopontos da Clin espalhados pelo município e passou por uma higienização para depois ser costurada uma a uma.
O trabalho manual não é o único produto feito pelas mãos da turma da Reciclin. Eles já criaram árvore de natal, móveis, puffs, decoração de festas e muito mais. Todo artesanato produzido é sustentável e feito com material deixado num dos sete Ecopontos da Clin.
“Tudo que é reciclável é utilizado. Se for entregue separado e limpo, não é lixo, é resíduo. Com esse material, fazemos o reaproveitamento, doações e tudo vai para o destino correto”, contou Luiz Carlos Froes, presidente da Clin.
Orgulhosa, Cleide Souza, uma das integrantes da Reciclin que trabalhou na construção da bandeira, contou detalhes da obra. “Foram 5915 tampinhas. Todas costuradas a mão. Dá muito orgulho olhar ela pronta e bonita assim. A gente mostra que sempre é possível reciclar, reusar ou reaproveitar os resíduos”, contou ao lado das amigas de trabalho.
Novo ponto – No próximo dia quatro, os moradores do Fonseca vão ganhar um Ecoponto, que será inaugurado no Horto, onde a população poderá deixar seu material e ganhar pontos para descontos na conta de luz.
Leitura – Além do artesanato, outra iniciativa da turma da Reciclin foi a criação de mini bibliotecas com os livros doados em bom estado. O material é exposto em frente a cada ecoponto e permite que a comunidade pegue e descubra a magia da leitura. Uma comunidade de Niterói já ganhou uma biblioteca dessas. “Já temos uma biblioteca sustentável na comunidade Coronel Leôncio. Até os puffs para a leitura foram feitos de garrafas pet. É um lugar de troca de experiência”, contou Luiz Abelha, chefe da reciclagem.