Uso de aparelho celular conectado à tomada pode oferecer riscos à saúde

Por Elena Wesley

O Brasil é campeão mundial em uso de smartphones. De acordo com estudo da Statista Digital Market Outlook, o brasileiro gasta, em média, quatro horas e 48 minutos por dia no manuseio do celular. Apesar de utilizarem o aparelho quase como uma extensão do próprio corpo, os consumidores têm sido negligentes quanto a hábitos que possam ocasionar acidentes.

Embora pareçam ‘notícias falsas’, mortes provenientes de descarga elétrica no aparelho são reais. Somente em 2018, a imprensa noticiou três casos semelhantes, o mais recente envolvendo um adolescente de 16 anos que morreu ao atender ligação enquanto carregava o celular em um computador durante aula de informática no Ceará.

O gestor de risco Wesley Pinheiro explica que, com modelos cada vez mais modernos, as baterias dos aparelhos também se superam em potência, o que significa que são capazes de transferir mais calor. “Por isso, é importante que a gente evite intensificar a possibilidade de aquecimento. Recomendo evitar carregar o aparelho em superfícies de plástico ou com tecido, como travesseiro, e optar por uma base fria, de madeira maciça, porcelanato ou cerâmica, por exemplo. Retirar a capa também é importante”, sugere Pinheiro.

Para o especialista, é fundamental não atender ligações, nem ouvir música com fones de ouvido enquanto o celular está plugado na tomada. “O ideal é desligar o aparelho antes de conectar na fonte de energia. Utilizar bateria e carregador originais também ajuda a reduzir os riscos. Outro ponto a ser lembrado é checar as condições na empresa autorizada em caso de quedas”, acrescenta Pinheiro, que atuou por dez anos na Brigada de Incêndio da Coppe/UFRJ.

Condições climáticas - Wesley destaca que, em caso de incidência de raios, vale para os celulares a mesma regra dos eletrodomésticos: retirar da tomada.