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Trabalhadores protestam por quatro meses de salários atrasados em São Gonçalo

Cerca de 50 homens ocuparam a escadaria da prefeitura para reivindicar pagamento

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de abril de 2018 - 10:30
Funcionários que prestam serviços para Prefeitura se manifestaram em frente à sede do Executivo
Funcionários que prestam serviços para Prefeitura se manifestaram em frente à sede do Executivo -

Por Thuany Dossares

Funcionários da empresa Allianza Infraestrutura do Brasil S.A, que prestam serviços para a Prefeitura de São Gonçalo, realizaram, na manhã de ontem, uma manifestação em frente à sede do Executivo, no Centro. Após quatro meses sem salários e benefícios de transporte e alimentação, cerca de 50 homens foram reivindicar pelos direitos de 205 trabalhadores.

“Estão fazendo uma tremenda covardia conosco. Tem gente que está devendo aluguel, pensão alimentícia, tendo problema com familiares. Queremos uma posição da empresa e da prefeitura. Estamos apenas reivindicando nossos direitos”, desabafou o encarregado de almoxarifado Arthur Cassiano Santos, de 51 anos.

Os trabalhadores são responsáveis por obras de revitalização e urbanização no bairros Jardim Miriambi, Jardim Bom Retiro, Vista Alegre, Lagoinha, Laranjal, Guaxindiba e Arsenal. Devido à falta de pagamentos, os serviços estão paralisados desde o início de fevereiro.

“Não paramos de trabalhar por vontade própria, paramos porque não estamos tendo nenhuma condição de trabalho. Não temos nem o dinheiro da passagem para ir. Com a paralisação das obras, todo mundo está perdendo. Fazemos serviços de pavimentação, drenagem, esgoto. Os moradores estão sem contar com os serviços também”, disse Arthur Cassiano.

Em solidariedade aos funcionários, o Sindicato dos Trabalhadores do Plano da Construção, Montagem e Manutenção Industrial de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticom) chegou a providenciar cestas básicas para as famílias.

De acordo com os manifestantes, além dos trabalhadores ativos que estão há quatro meses sem salário e benefícios, mais de 100 funcionários foram demitidos pela Allianza em dezembro e até agora não receberam a chave que permite a liberação do pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A Prefeitura disse que “o repasse para a empresa Alianza, responsável pelas obras do PAC 2, foi efetuado normalmente até janeiro deste ano, no entanto a empresa paralisou as obras no dia 8 de fevereiro. É importante ressaltar que o pagamento é realizado à medida em que as obras vão sendo executadas, sendo assim não houve repasse desde a paralisação”.

O governo municipal informou ainda que “de acordo com relatos dos próprios funcionários, os trabalhadores estão sem receber há cerca de quatro meses, período anterior ao último pagamento efetuado para a Alianza. Em virtude da paralisação das obras e do não pagamento aos funcionários, a Prefeitura já está tomando as medidas legais cabíveis”.

Procurada por OSG, a Allianza não foi encontrada para prestar esclarecimentos sobre o caso.

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