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Prédio da UFF tem energia cortada e Hospital também pode ser prejudicado

Alunos e funcionários fizeram mobilização no Gragoatá

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de dezembro de 2017 - 16:41
Reitoria está com o fornecimento de energia elétrica interrompido
Reitoria está com o fornecimento de energia elétrica interrompido -

A reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF) está com o fornecimento de energia elétrica interrompido há mais de uma semana. Com isso, o prédio da administração da unidade foi afetado, o que prejudica a emissão de titulação de alunos, pagamento das bolsas e de salários dos servidores. Há também ameaça de corte de energia no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap).

Outros funções que foram afetadas por causa do corte de energia foram as sessões de cinema e teatro, que acontecem no  Centro de Artes da UFF. Por causa do problema, alunos e funcionários fizeram uma mobilização em frente ao portão principal do campus do Gragoatá, às 16h de ontem.

Segundo informações da assessoria de comunicação da UFF, o Ministério da Educação liberou o recurso, correspondente aos 100% do orçamento de 2017, com o qual a gestão paga suas contas mensalmente. Porém, o orçamento destinado à Universidade teve em 2017 uma redução de R$18 milhões no valor anual repassado pelo MEC em comparação com 2014. Eles ainda explicaram que a dívida que está em aberto com a Enel não é referente a 2017. 

"O acordo judicial para o pagamento desta dívida está fora do orçamento. O débito de R$ 16,4 milhões de reais é referente ao não pagamento das contas de energia entre junho de 2014 e dezembro de 2015, herdado pela atual gestão", dizia a nota.

O reitor Sidney Mello, que assinou a nota divulgada no site da universidade, explicou que o débito foi causado devido expansão de vagas e inclusão de estudantes de baixa renda. Mello ainda citou que em 2015 a gestão que assumiu a reitoria recebeu um montante de dívidas internas total de R$ 74 milhões. 

"O MEC cortou mais de R$13,1 milhões da verba repassada para a UFF naquele ano. Pressionada pelas dívidas, de diversas naturezas, a gestão priorizou o pagamento de bolsistas e dos terceirizados. Lutamos bravamente para manter abertas as portas da Universidade. Durante 2015, realizamos uma pesquisa financeira, um pente fino em nossas contas, e chamamos todos os representantes a quem a instituição devia para negociar os valores e organizar a casa", declarou.

Em 19 de janeiro de 2016, houve uma audiência de conciliação na 4ª Vara da Justiça Federal de Niterói, entre a UFF, o MEC e a Enel (na época, Ampla) para negociar o pagamento da dívida com a concessionária de energia. O reitor da UFF explicou que a universidade e o Ministério da Educação assinaram em juízo o acordo para parcelamento do débito de cerca de R$ 16,4 milhões.

O MEC, que se comprometeu a honrar o acordo firmado entre a Universidade e a empresa de energia, entretanto, segundo a nota, só repassou cerca de R$ 6,1 milhões em recursos extra orçamentários e, por isso, este acordo não foi honrado como esperado.

Por esse motivo, a Enel, interrompeu o fornecimento de energia da reitoria da universidade na terça-feira (12). A UFF esclareceu que a empresa de energia já recebeu parte do pagamento (de R$ 6,1 milhões) em 25 de outubro de 2017 e também tem conhecimento que R$ 4 milhões estão empenhados e liquidados.

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