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Escassez deixa moradores sem água em São Gonçalo

Dois meses sem fornecimento

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de outubro de 2017 - 09:52
Morador do Porto da Pedra está com a cisterna seca
Morador do Porto da Pedra está com a cisterna seca -

O verão ainda não chegou, mas moradores de diferentes bairros de São Gonçalo já sofrem com a estiagem. Apesar das contas pagas as torneiras estão secas.

Na Rua Camilo Flamarion, no Porto da Pedra, o empresário Marcelo José Dias da Silva, está há 60 dias com seu fornecimento interrompido. Ele conta que já abriu oito chamados na Cedae, mas a Companhia sempre pede que ele aguarde cinco dias.

“Minhas contas estão em dia e não deixo nem atrasar. Esse mês paguei mais de R$80 sem receber uma gota. Água é essencial e tenho como prioridade deixar a conta quitada, só que a Cedae não está tendo o mesmo respeito com os seus clientes”, disse.

Há três semanas, Marcelo precisou comprar água e pagou R$ 200 ao caminhão Pipa.

“Como podem ver, a água já acabou e minha cisterna está praticamente seca. O que me deixa mais chateado é que compramos a água que saí da própria Companhia. Nunca passamos por uma seca como está. Já não sei mais o que fazer”, ressaltou.

Quem também está enfrentando muitas dificuldades é a jornalista Mariana Silva, 24 anos, sua mãe e avó moradoras da Rua Pelopidas Passamani, no Coelho estão desde sábado sem abastecimento.

Acontece que a mãe de Mariana, Sandra Helena Silva, 57 anos é acamada por conta de tumores no cérebro e sua avó Delminda Ventura, 88, tem problemas de locomoção. As duas por conta dessas necessidades, precisam de água constantemente.

“Precisamos lavar diariamente as roupas de cama de minha mãe e para isso necessitamos que a água seja fornecida. As torneiras estão secas e estamos contando com a solidariedade de vizinhos que tem reservas e estão nos auxiliando. As roupas, estamos lavando na casa da minha tia. A situação está bem complicada”, contou ela, que não possui reservatórios no imóvel.

Delminda, que acabou de voltar de uma internação, está tomando banho com auxílio de balde.

“Fui internada com pressão alta e quando voltei vi que continuávamos sem água. Para tomar banho, tenho usado a canequinha. Minhas contas estão pagas e em dia. Não entendo porque disso”, reclamou.

A Cedae informou que Em função da forte estiagem, o rio Guapiaçu-Macacu, manancial abastecedor de SG, está com sua descarga reduzida. Esta redução, segundo a empresa, fez com que diminuísse a produção de água tratada e, consequentemente se alterasse o regime de abastecimento em todo o município. Manobras excepcionais vêm sendo feitas para minimizar os efeitos da estiagem.

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