Comerciantes questionam desconto sindical em Niterói
Contribuição não consegue ser suspensa

A corrida de funcionários do comércio pela desvinculação, do sindicato foi prejudicada por um suposto ataque à sede do Sindicato dos Empregados no Comércio de Niterói e São Gonçalo (SEC), na Travessa Cadete Xavier Leal, no Centro de Niterói, que foi alvejado na quinta-feira, por pelo menos seis tiros, por volta de meio-dia. O ataque aconteceu um dia após tumultos pelo fim do prazo da suspensão do desconto de contribuição sindical, que segundo os trabalhadores, foi estipulado pela diretoria de forma arbitrária.
O valor que está sendo questionado é extraordinário e vem sendo cobrado nos últimos dois anos. Ele representa 6% do salário dos comerciários. Além desta contribuição, paga voluntariamente pelos comerciários sindicalizados, há ainda o Imposto Sindical, que é obrigatório equivalente a um dia de trabalho do funcionário.
“O sindicato não nos representa
O presidente do Sindicato dos Soldadores do Estado do Rio (Sindisolda), Jorge Felipe dos Santos, disse que essa contribuição voluntária varia de acordo com a convenção coletiva. Em muitos casos representa 1% do salário e é descontada todos os meses.
“Quando o funcionário entra na empresa normalmente ele assina um termo se filiando a o sindicato que o representa. Essa quantia é voluntária e pode ser questionada, assim como acontece com os comerciários. Mas há ainda a cobrança compulsória, onde a cada ano, é descontado um dia. Essa deve ser voltada pelo Congresso
Ainda segundo Jorge, ninguém é obrigado a ser sindicalizado.
“Não há obrigatoriedade, mas quem se desvincula perde alguns direitos como, por exemplo, fazer homologação pelo sindicato, direito a votos e, em caso de alguma ação movida pelo sindicato para seus sindicalizados, ele também deixa de ser representado”, explicou ele.