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Comerciantes questionam desconto sindical em Niterói

Contribuição não consegue ser suspensa

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de setembro de 2017 - 09:40
A sede do Sindicato dos Empregados no Comércio de Niterói e São Gonçalo (SEC) foi  alvejado na quinta-feira, por pelo menos seis tiros, por volta de meio-dia.
A sede do Sindicato dos Empregados no Comércio de Niterói e São Gonçalo (SEC) foi alvejado na quinta-feira, por pelo menos seis tiros, por volta de meio-dia. -

A corrida de funcionários do comércio pela desvinculação, do sindicato foi prejudicada por um suposto ataque à sede do Sindicato dos Empregados no Comércio de Niterói e São Gonçalo (SEC), na Travessa Cadete Xavier Leal, no Centro de Niterói, que foi  alvejado na quinta-feira, por pelo menos seis tiros, por volta de meio-dia. O ataque aconteceu um dia após tumultos pelo fim do prazo da suspensão do desconto de contribuição sindical, que segundo os trabalhadores, foi estipulado pela diretoria de forma arbitrária.

O valor que está sendo questionado é extraordinário e vem sendo cobrado nos últimos dois anos. Ele representa 6% do salário dos comerciários. Além desta contribuição, paga voluntariamente pelos comerciários sindicalizados, há ainda o Imposto Sindical, que é obrigatório equivalente a um dia de trabalho do funcionário.

 “O sindicato não nos representa em nada. Diferente de outros sindicatos eles não brigam pelos trabalhadores. Ganho pouco e todo o valor retirado do meu salário me faz falta. Se ainda me sentisse assistida, daria essa quantia com prazer, mas dessa forma não aprovo”, disse uma comerciária.

O presidente do Sindicato dos Soldadores do Estado do Rio (Sindisolda), Jorge Felipe dos Santos, disse que essa contribuição voluntária varia de acordo com a convenção coletiva. Em muitos casos representa 1% do salário e é descontada todos os meses.

“Quando o funcionário entra na empresa normalmente ele assina um termo se filiando a o sindicato que o representa. Essa quantia é voluntária e pode ser questionada, assim como acontece com os comerciários. Mas há ainda a cobrança compulsória, onde a cada ano, é descontado um dia. Essa deve ser voltada pelo Congresso em novembro. Nesta cobrança o sindicato fica com apenas 60%, os outros 40% são divididos entre a federação, confederação e Ministério do Trabalho e Emprego”, explicou.

Ainda segundo Jorge, ninguém é obrigado a ser sindicalizado.

“Não há obrigatoriedade, mas quem se desvincula perde alguns direitos como, por exemplo, fazer  homologação pelo sindicato, direito a votos e, em caso de alguma ação movida pelo sindicato para seus  sindicalizados, ele também deixa de ser representado”, explicou ele.  

 O sindicato do comércio foi procurado e até o fechamento desta reportagem, não havia respondido aos questionamentos.

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